Luanda - O Departamento de Estado e a embaixada dos Estados Unidos em Angola devem pensar duas vezes antes de enviarem Luís Costa Ribas para treinar jornalistas angolanos sobre como cobrir eleições.

Fonte: Club-k.net

O antigo jornalista da Voz da América, autointitulado consultor do Departamento de Estado, perdeu condições para debitar sobre esta matéria. Este jornalista português fez parte da equipa que a SIC pôs a acompanhar a campanha de Donald Trump.


Antes das eleições LCR mostrou desmesurada tendência para censurar Donald Trump e tudo que este fizesse ou dissesse. Nada de mal até porque LCR não foi o único a perceber o problema que Donald Trump encarnava.


O problema é que enquanto outros o faziam como analistas, LCR fazia-o como analista e repórter. E se durante a campanha o comportamento já era inaceitável o desempenho que teve na noite das eleições foi péssimo.


Mesmo estando no terreno exclusivamente como repórter não se coibiu de fazer juízos de valor sobre como a eleição iria terminar. Uma coisa  é dizer que as sondagens dão vantagem a Hillary Clinton na Flórida, em Ohio e na Pensilvânia, outra coisa é dizer que ela vai ganhar as eleições porque Donald Trump não tem hipótese de ganhar a Flórida, o Ohio e a Pensilvânia, o que na verdade veio a acontecer.

LCR manteve-se irredutível mesmo quando já era evidente que Hillary Clinton não tinha hipóteses.


Disto resultou um mau serviço para a audiência da SIC e uma vaga de protestos contra a forma enviesada como ele encarou as eleições. Ficou também subjacente que Luís Costa Ribas mistura notícia com opinião, que é coisa que ele apresenta como inaceitável nas palestras que dá aos seus instruendos em Angola. Pelos vistos também não sabe a diferença entre análise e opinião, donde se conclui que não pode ensinar aquilo que nunca aprendeu.


LCR é convidado anual do GRECIMA para dar cursos sobre cobertura eleitoral. É dos jornalistas estrangeiro o que melhor conhece e se relaciona naquela estrutura que depende do Presidente da República.


A relação de Luís Costa Ribas com Manuel Rabelais, o patrão do GRECIMA, é tu para cá e tu para lá e é isso que permite ao jornalista luso franquear muitas portas do GRECIMA se sem fazer anunciar previamente.