Luanda - A criminalidade nos dias de hoje ganhou contornos de sofisticação quer pelos modus operandi das redes criminosas quer pelo uso das novas tecnologias de informação tendo-se deslocalizado de um pais para o outro como é o caso da criminalidade transcontinental, assim como se transferiu do espaço físico para o ciberespaço.

Fonte: Angop


Esta afirmação é do Procurador Geral da República, João Maria de Sousa, quando proferia o discursos de boas vindas neste quarta-feira, na sessão de abertura da XI Conferência Anual e Assembleia Geral de membros da Associação dos Procuradores de África, que decorre até sábado próximo sob o lema “Procuradores de África Unidos no Combate à corrupção e ao crime transnacional”.


De acordo com o procurador geral, os criminosos interpretam com esmero a noção de um mundo sem fronteira no qual operam activamente, enquanto que os garantes da legalidade operam com conceitos como competência territorial e jurisdição nacional.


“Não é raro nos envolvemos em conflitos positivos e negativos com os criminosos face as nossas debilidades apresentadas, contudo precisamos de estar preparados para levar a bom porto uma África livre de tanta criminalidade”, referiu.


Na óptica de João Maria de Sousa, para enfrentar um fenómeno que afecta toda a humanidade as soluções não devem ser tomadas isoladamente, é necessário o concerto entre os procuradores na medida em que cada um é detentor de conhecimento sobre determinada matéria que passará a ser objecto de partilha.


“Todo este exercício de aprimoramento de conhecimentos e a partilha de boas praticas só se torna possível quando nos predispomos a discutir o que temos em comum e o que nos distância “, realçou.


No evento vão ser debatidos temas como “ combate à corrupção prevenção e educação “, “ o combate à corrupção, investigação e acusação “, “ o combate à corrupção; cooperação internacional “, “ a investigação e acusação nos crimes transnacionais organizados, lições apreendidas”, entre outros temas.


Participam na conferência delegações de 35 países africanos, agregando magistrados, membros do Executivo, entidades eclesiásticas, entre outras personalidades.