Luanda  - O exercício de resgate do período colonial é praticado, a cada mês de Novembro, por algumas células da imprensa portuguesa.

Fonte: MPLA

“A SIC ainda acredita viver o período colonial” em Angola

Este ano foi a vez de a SIC requentar problemas exaustivamente debatidos na imprensa angolana. Isso mesmo quando sabemos que, muitos deles, já estão em fase de superação, após medidas do Governo.


A tentativa repetida de baixar a auto-estima do nosso povo a cada celebração da efeméride que fere o orgulho português, pela derrota consumada em 1975, não passa de um recurso desgastado e que apenas alimenta o sentimento de vingança daqueles que ainda vivem mergulhados no lamento imposto pela Independência do nosso país.


Irresponsabilidade jornalística também pode ser o nome dado àquela grande (no tamanho) reportagem. A falta de profundidade, a ausência do contraditório e a exploração da miséria alheia foram os únicos recursos encontrados pela equipa da SIC para inflar números de pobres e até de champanhes consumidas em solo angolano. É a típica reportagem unilateral, onde apenas uma verdade apresentada é vendida como absoluta.


Angola viveu décadas de guerra, mesmo após as lutas da independência. Não se pode ignorar que o recomeço de uma Nação, a despeito do não cumprimento da Conferência de Doadores, prometida pela comunidade internacional, é uma tarefa árdua e que exige um esforço acima do comum do Governo e da sociedade. Os problemas existentes foram agravados pela recente crise económica mundial, mas a taxa de crescimento do país ainda figura entre as mais altas do Mundo actual.


A SIC foi capaz, até, de culpar Angola pelo desemprego dos cidadãos portugueses, numa clara demonstração de desonestidade profissional. Lamentável, também, é ignorar todos os avanços registados nos últimos anos. No lugar disso, preferiram resgatar os anos 60, como uma referência da “Angola perfeita” (para quem?), o que apenas ratifica que a motivação da reportagem foi o saudosismo.


A SIC ainda acredita viver o período colonial. Apresenta no preconceito ao “consumo de champanhe” a inveja de quem, por racismo ou falso complexo de superioridade, deseja realmente que a existência de 20 milhões de pobres seja uma realidade.


Temos pobreza, mas vamos superá-la. Não há mágica que transforme um país que estava em guerra num paraíso, apenas com um piscar de olhos.


A SIC deu uma aula de como o jornalismo venal tem vida curta, pois é sinónimo da mentira e de ressabiamento.