Luanda - José Amaro Franco, Comandante de Cacuaco, nomeado recentemente na sequência das reformas do funcionamento do Comando Províncial de Luanda que retomam os Comandos Municipais, extintos em 2003, no âmbito do Plano de Modernização e desenvolvimento da Polícia Nacional, criado pelo, até então, Comandante-Geral da Polícia Nacional, Comissário-Geral, Alfredo Ekuikui e que deram lugar às Divisões de Polícia, tem estado a revelar, segundo denúncias, atitudes que simbolizam abuso de poder.

Fonte: Club-k.net

"Aqui tem putos revu´s que não estão comprometidos com a pátria, todos esses saem fora"


O jovem que ostenta uma classificação de um dos mais novos Superintendente-chefes da corporação perfila-se na lista dos licenciados em Ciências Polícias que dentro de dias poderão ser promovidos á classe de Comissários, uma categoria que se equipara ao generalato das Forças Armadas Angolanas, pela nomeação a Comandante Municipal.

Amáro Franco, demonstra o abuso de poder, como se comenta em circulos actualizados, desde que foi enviado a Cacuaco e com a promessa de António Sitas de que passaria a ser o Delegado do Ministério do Interior naquelas paragens, passando, desde já, a coordenar, igualmente, o trabalho do SIC-Cacuaco, competência retirada ao seu ante-sucessor.


Sabe-se que desde o momento que chegou à vila de Cacuaco, Amáro Franco, tem estado a dedicar particular atenção ao SIC, tendo já feito comentários pouco abonatórios. Entende, por exemplo que a “banga” dos homens daquele serviço vai acabar com a sua presença pois, prossegue, ele é mais influente na Presidência da República do que muitos efectivos dos Serviços de investigação criminal que se recusavam participar das formaturas convocadas pelo antigo comandante.


Refira-se que às formatura, nos moldes em que eram e/ou são feitas na Polícia Nacional, são proibidas no SIC porquanto trata-se de um Serviço independente e que tem ou deveria ter um organigrama e funcionamento administrativo diferente daquela corporação.


Para mostrar a sua supremacia para com o SIC, Amaro Franco, chega ao ponto de marcar reuniões (do tipo formatura) com os efectivos daquele serviço mas que não preside, na condição de, alegadamente, Delegado Municipal do MININT.


Para não variar e como defendeu sempre, mesmo antes de ser colocado em Cacuaco, enquanto Comandante da Divisão do Rangel, jovens recem enquadrados na Polícia Nacional são, quase todos, segundo ele, revolucionários e não comprometidos com a pátria. Consta que o jovem comandante, chega ao ponto de enxotar todos os jovens das formaturas e/ou reuniões de trabalho profundo e quando pretende fazer política partidária no quartel, por entender que os mais novos da Polícia não são patriotas. Acrescenta-se, por outro lado que, momentos há que o jovem diz não ser prudente falar sobre o seu ofício porque os jovens policias, irresponsáveis, segundo ele, podem gravar às conversas e enviar à Rádio Despertar, emissora que o mesmo conota ao Partido UNITA, segunda força polícia angolana, com a qual nutre incalculável ódio.


Amaro Franco é dos privilegiados jovens licenciados em Ciências Polícias, em Portugal que como se cogita nos círculos policiais ascende com facilidade por ter familiares que trabalham na presidência da república. É, por outro lado, um dos licenciados que mais riqueza exibem ao ponto de recusar veículos atribuídos pela Polícia Nacional, pois, entende que tem dinheiro suficiente para comprar carros de ultima marca.

 

Há, entre os colegas, quem o associa aos “gangs” que se dedicam ao tráfico e comercialização de substâncias psicotrópicas, por Lei proibidas, daí a riqueza fácil que ostenta.


Recorde-se que o Comando da Polícia de Luanda conta , neste momento com mais cerca de cinco Comandantes Municipais e Distritais formados em Ciências Policiais, em Portugal, que aguardam promoção como resultado da aprovação da nova divisão político-administrativo, aprovada, recentemente, em Diário da República que impera a que os Comandantes seja Subcomissários.


Informações que já repousa no gabinete do Comissário-chefe, António Maria Sita, Comandante Provincial de Luanda da Polícia Nacional (CPL), poderá a sua exoneração.