Lisboa - A liderança vai mudar, mas a democracia continua longe do povo angolano e a liberdade de expressão parece mais ameaçada.
José Eduardo dos Santos não se candidatará às eleições presidenciais de Angola em 2017. E já existe um sucessor indicado. A confirmar-se esta notícia, José Eduardo dos Santos porá fim a 37 anos de Presidência.

Fonte: RR

Ao longo desse período, com a morte de Savimbi cessou a guerra civil. Mas a democracia continua longe do povo angolano. Recordem-se as recentes perseguições a alguns jovens contestatários.

 

E a liberdade de expressão, que nunca foi muita em Angola (vários jornalistas foram condenados por difamação ao abrigo de uma lei de 2006), está agora ainda mais ameaçada por uma nova lei da comunicação social.

 

Quem o diz é a organização Human Rights Watch, que alerta para que o Ministério da Comunicação Social irá supervisionar como os “media” cumprem as recomendações editoriais do Governo, punindo quem as violar.

 

Claro que não é fácil a instauração de regimes democráticos em África. Até na África do Sul, depois da presidência do homem excepcional que foi Nelson Mandela, se regista um continuado recuo no carácter democrático do regime. Mas a mudança de Presidente em Angola talvez traga uma pequena abertura.