Luanda - O Secretário Provincial da Huila da UNITA denunciou a detenção de sete militantes do seu partido, injustamente presos, no âmbito da intolerância política que se regista na região, tendo apelado ao procurador provincial a restitui-los à liberdade.

Fonte: Kwachaunitapress

Segundo Alcibiades Kopumi que fala aos militantes do Galo Negro por ocasião da reunião de retransmissão das deliberações do Comité Permanente e da Comissão Política, equipas da Casa Militar, coordenadas pelo famigerado Gen. João Baptista Chindandi e o seu operacional Lisimango Kassela, com beneplácito das autoridades administrativas e policiais locais, têm levado a cabo, sem sucesso, esta actividade criminosa nos Municípios da Matala, Jamba Mineira, Chipindo, Caconda, Kaluquembe e Chicomba.

 

“Recentemente, na Chicomba, criminosos deste grupo, ilegalmente instalados numa casa protocolar da Administração daquele Município, viu-se confrontada com a recusa de renúncia à militância da UNITA por parte de jovens a quem, numa primeira fase recolheram documentos pessoais alegando serem para efeitos de emprego’’, acusou Secretário da UNITA na Huíla Alcibíades Kopumi.

 

O número um da UNITA na Huíla fez saber aos presentes sobre o processo dos detidos no município de Chicomba.

 

‘‘Neste momento que vos falo, sete dos nossos companheiros, incluindo o nosso Secretário Municipal, que nem esteve presente no local em ocorreu o incidente, encontram-se injustamente em prisão preventiva na Comarca da Huíla. Trata-se, sem dúvida, de uma questão de intolerância, de intimidação e perseguição política”.

 

Kopumi disse esperar e confiar no carácter republicano das instituições, tendo lançado um apelo ao Procurador Provincial junto da DIPIC, para que no estrito cumprimento da Constituição da República de Angola e da lei mande em liberdade os militantes da UNITA.

 

Falando da evolução da situação política na Huila, Kopumi afirmou que os angolanos já mostraram o Cartão Vermelho ao MPLA e prova disso foi o fiasco que se verificou, em todo o país, no dia das comemorações do seu aniversário.

 

‘‘Os huilanos acharam que a exibição do Cartão não era suficiente para exprimir a sua repulsa e recusa e, aí resolveram erguer na Praça João Paulo IIº um gigantesco Placar Vermelho à “des”governação do MPLA”, afirmou o Secretário da UNITA na Huíla, Alcibíades Kopumi, na reunião de retransmissão de conclusões e recomendações do Comité Permanente e da Comissão Política.

 

De acordo os dirigentes, ‘‘as reuniões destes importantes órgãos de direcção do nosso Partido tiveram lugar num momento particular da nossa história, marcado pela celebração dos 41 anos da nossa independência como país, assinalados a 11 de Novembro’’.

 

Kopumi, avançou ainda, que ‘‘o 11 de Novembro, foi o culminar de uma longa e dolorosa de luta de várias gerações de angolanos, de todos os quadrantes étnico-culturais do território que hoje conforma a República de Angola.

 

‘‘Ao fim de uma sangrenta guerra, os portugueses que durante quase quinhentos anos escravizaram, roubaram, mataram os angolanos e pilharam os nossos recursos, consentiram a derrota e o falhanço do seu vil projecto colonial, vergados pela tenacidade e determinação de nacionalistas angolanos, tendo reconhecido os três movimentos de libertação, nomeadamente, a FNLA, o MPLA e a UNITA como “únicos representantes do povo angolano” e, com os quais assinou os acordos de Alvor, a 15 de Janeiro de 1975, em Estoril –Portugal’’, relembrou.

 

‘‘É um facto histórico inolvidável’’, acrescentou o político da UNITA, sublinhando que foram pais da independência de Angola Álvaro Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi que, de armas na mão, vergaram o colonialismo português e com este negociaram os Acordos já referido, cuja validade só foi possível com a oposição das assinaturas dos três insignes filhos desta pátria, também já referidos.

 

“O desafio que nos propusemos de em 2017 tornar a Huíla no factor decisivo para a mudança em Angola consolida-se todos os dias com a adesão massiva de huilanos de todos os extractos sociais e, sobretudo da camada jovem nas nossas fileiras”, afirmou o dirigente político da UNITA, na Huila.

 

Kopumi manifestou a convicção de vitória do seu partido nas eleições de 2017.

 

“Em 2017, vamos ganhar as eleições aqui na Huíla e, o MPLA que bem sabe disso, por desespero, como sempre em época pré-eleitoral, usando os meios e órgão do estado, com recurso ao crime, lançou uma vergonhosa campanha de aliciamento de nossos membros”, disse, denunciando que de um tempo a esta parte, equipas.