Luanda - O Presidente de Angola disse hoje que o ano de 2016 voltou a ser difícil para os angolanos, no domínio económico e financeiro, mas considerou que a crise fez despertar "maior consciência para o trabalho" e "controlo racional dos gastos".

Fonte: Lusa

José Eduardo dos Santos falava na cerimónia em que recebeu cumprimentos de fim de ano de membros do Governo, de deputados, personalidades da sociedade civil e corpo eclesiástico.


O chefe de Estado angolano frisou que, diante da crise, o governo, as empresas e as famílias tiveram que adaptar-se à situação e empreender ações e várias iniciativas para atenuar as dificuldades e criar condições para superar todos os desafios.


Segundo o Presidente angolano, as receitas financeiras diminuíram e o Governo, as empresas e as famílias "tiveram que habituar-se a gastar menos para resolver os seus problemas com êxito".


Acrescentou que a crise económica, que Angola enfrenta desde finais de 2014 devido à baixa do preço do barril do petróleo no mercado internacional, a principal fonte de receitas do país, fez despertar nos angolanos "mais disciplina e melhores resultados".


"Devemos continuar a criar as condições para proporcionar maior bem-estar à toda a população, concluindo os projetos em execução, no próximo ano, que vão garantir maior acesso à educação, à saúde, aos serviços de energia e água, à habitação e maior oportunidades de emprego, sobretudo para a juventude", disse José Eduardo dos Santos.


O Presidente angolano destacou que perante a situação, "os angolanos mesmo assim não perderam o rumo, o país não parou".


"Funcionários públicos, empresários, operários, camponeses, intelectuais e quadros passaram a trabalhar mais, a poupar mais e a fazer tudo para multiplicar o que temos. Apesar da situação de crise que ainda vivemos, que é causada por fatores externos, todos fizeram um esforço para que nesta quadra festiva de Natal e Ano Novo não faltasse o necessário", disse.


"Assim mesmo com as limitações existentes será possível celebrar a quadra festiva, reforçar a coesão familiar e cultivar o espírito natalício de fraternidade, solidariedade e paz", acrescentou.