Luanda - O Bloco Democrático quer explicações da diplomacia angolana acerca da repercussão das anunciadas sanções por parte de Israel. E isto após a aprovação de uma resolução no Conselho de segurança da ONU condenando os colonatos na Palestina.
Fonte: RFI
O texto fora aprovado por 14 votos a favor, incluindo o angolano, portanto, e uma abstenção, a dos Estados Unidos.
Na altura Israel prometera sanções contra os países membros do Conselho de segurança das Nações Unidas, incluindo desta feita Angola cujo mandato nesse órgão terminou a 31 de Dezembro.
Tel Aviv ameaçara mesmo com a ruptura de relações. O embaixador israelita em Luanda deslocou-se na semana transacta à sede do Ministério angolano das relações exteriores para manifestar o seu desagrado pelo ocorrido.
A diplomacia angolana alega não-lhe ter sido facultada por ora a Nota verbal como seria da praxe num caso desta natureza.
E isto tanto mais que Israel tem fortes relações com Angola desde 1993. Em 95 Israel abriu a sua embaixada na capital angolana, em 2000 foi a vez de Angola abrir a sua embaixada em Tel Aviv.
Agricultura, telecomunicações, diamentes e segurança são quatro sectores onde os interesses israelitas estão particularmente presentes em Angola, com o Estado hebreu a apostar na pesca no âmbito da diversificação da economia angolana.
Filomeno Vieira Lopes, membro da comissão política do Bloco democrático, na oposição, pede que a diplomacia angolana preste esclarecimentos no caso acerca das repercussões do ocorrido.