Luanda - No ano em que termina mais uma legislatura, as três maiores bancadas da Assembleia Nacional de Angola definem as linhas fortes para o debate político no Parlamento.

*Manuel José
Fonte: VOA

A oposição aposta na crise económica do país,Sonangol e eleições de 2017, enquanto o MPLA reafirma o seu apoio incondicional ao seu Governo para sair da crise.


O líder parlamentar da UNITA diz que o plano de tarefas ainda tem muitos pontos sem definição e garante que a fiscalização aos actos de governação vãi continuar ainda que o Tribunal Constitucional pense o contrário.

 

''A partir da Assembleia Nacional temos que ajudar a debelar esta gravíssima crise económica, social e política que o país vive, não abdicaremos da fiscalização que a Assembleia Nacional tem sobre a governação, mesmo que esta condição nos seja negada pelo Tribunal Constitucional'', reforma Adalberto da Costa Júnior.

 

Sonangol em debate

 

A UNITA defende um debate parlamentar sobre o caso da Sonangol porque, diz Costa Júnior, “o que se passa dentro da Sonangol continua distante dos olhos da maioria dos angolanos e a maioria do MPLA continua a obstaculizar este tipo de debate porque não lhe interessa”.

 

O assunto está também na agenda da bancada parlamentar da CASA-CE, como assegura André Mendes de Carvalho Miau.

 

''Até hoje como verificamos, não foi só a Sonangol que afundou mas toda sociedade, a economia não funciona, tudo o resto era fogo de artificio'', diz o líder da bancada parlamentar da coligação, que pediu ao Presidente da República que “anunciou a sua retirada da vida politica activa, ao sair não nos deixe em confusão, faça um esforço para deixar tudo arrumado, eleições bem organizadas sem suspeição para nenhuma das partes''.

 

MPLA garante apoio

 

Por seu lado, a bancada do partido maioritário assegura que o seu apoio incondicional em tudo que o Governo fizer.

 

''O MPLA vai continuar a apoiar o seu Governo, como sempre o fez, nós vamos ajudar a concluir o programa de governação sufragado nas eleições de 2012, mesmo com os constrangimentos da crise”, garantiu João Pinto, um dos vice-presidentes da bancada parlamentar maioritária.