Luanda - Depois de ter anunciado em Novembro último a sua vontade de não se recandidatar a um novo mandato, o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto (ASN), recuou na sua decisão, voltando a candidatar-se à sua própria sucessão.

Fonte: Facebook

Numa carta dirigida ao presidente da AN, datada de 22 de Novembro de 2016, e publicada em primeira mão pelo Club-K, ASN alegara «razões de SAÚDE e de IDADE» para a sua NÃO recandidatura ao cargo.


Fundamentou o seu pedido no facto de a sua saúde apresentar «sérias debilidades físicas ao nível da coluna vertebral aliada ao facto de, dentro de aproximadamente sete meses completar 70 anos de idade» o que o forçava a «cessar definitivamente as funções de Magistrado Judicial, nos termos estabelecido pelas disposições combinadas dos artigos 56,º n.º 1 al. a) e 54.º, ambos da lei n.º 7/94 de 29 de Abril (Estatuto dos Magistrados Judiciais e do Ministério Publico)».


Com a jubilação (Reforma) à vista, esperava-se que ASN já não voltasse a candidatar-se, o que lhe daria tempo de sobra para cuidar da sua débil saúde, beneficiar do merecido descanso e cuidar dos seus netinhos. Ledo engano! ASN voltou a fazer-se ao cargo, deixado para trás os outros dois concorrentes que aspiravam ocupar o caldeirão máximo do «Palácio da Maianga».


Diante desta surpreendente inflexão é caso para perguntar: Será que o presidente da CNE ARRENPENDEU-SE? O seu estado de Saúde melhorou subitamente? Ou houve uma «paragem» na contagem da sua idade cronológica? Pois só assim se justifica o tamanho recuo.


Estas e outras perguntas carecem de ESCLARECIMENTO, visto que as supostas incoerências de ASN poderão afectar a imagem da própria CNE, assim como abalar a confiança dos cidadãos/eleitores nesse importante órgão de extrema importância no processo eleitoral.