Luanda – Estou a viver as primeiras horas, na semana do primeiro mês do ano 2017, na expectativa, ainda que improvável, de assistir uma governação mais coerente, responsável e cidadã, pelo menos nos aspectos fundamentais, como o Direito à vida.

Fonte: F8
Sou céptico, por o DNA do Titular do Poder Executivo, parecer não ter a latitude de estender a mão a quem não gravite, em torno do seu cordão umbilical, mesmo quando em causa está Angola e os angolanos.

 

Se o conseguisse, ou fosse sensível, em ouvir conselhos, diferente de ouvir o que, bajuladamente, gosta, mais facilmente, a economia e outros sectores, sairiam do marasmo em que se encontram.

 

Entrei no quinto ano, calcinado, apesar do peso da maldade imposta, pelo regime jessiano, por mero ciúme político e técnico profissional (no ano 2012), misturada com inveja, maldade e discriminação, atravês do Procurador Geral Adjunto da República, Adão Adriano, do bastonário da Ordem dos Advogados, Hermenegildo Cachimbombo e do ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento que, pasme-se, administrativamente, anularam os meus diplomas de licenciatura e mestrado em Direito e, com isso, um acordo educacional entre duas universidades: a American World University e a Universidade Agostinho Neto.

 

Esta tresloucada decisão, não teria pernas para andar, não houvesse a magistral (segundo fontes palacianas), “Ordens Superiores” de José Eduardo dos Santos, visando atirar-me ao desemprego, para vegetar nos esgotos da indigência, miséria e fome, afetando, com isso, também, a minha família.

 

Quanta maldade, me brindou, em mais um ano (2016), o todo poderoso e cada vez mais insensível, presidente da República dos angolanos do MPLA.

 

As motivações de perseguição e de me querer ver rastejar diante dos seus pés, não lembra ao diabo, por abjecta, mas fica evidente um temor injustificado sobre a qualificação académica, que ostento. Se o inverso fosse verdadeiro, nunca me passaria pela cabeça, anular o diploma em engenharia, de José Eduardo dos Santos, mesmo não tendo demonstrado, ao longo dos anos, qualificação académica justificativa.

 

Basta lembrar, que as primeiras suspeições, foram levantadas por Agostinho Neto, ao nunca cogitar o seu nome para a DNP (Direcção Nacional dos Petróleos-criada pelo Dec.ºn.º66/77 de 3 de Setembro) e do Ministério dos Petróleos (criado pela Lei n.º15/78 de 26 de Agosto), que teve a frente como primeiro ministro dos Petróleos de Angola, Jorge Augusto de Castro e Silva de Morais “Monty”. Tão pouco faria essa monstruosidade aos filhos, que tal como o pai, decidiram, todos, andar em sentido contrário as respectivas formações académicas.


É obra! Terem mestrado e doutoramento em enriquecimento ilícito e delapidação do erário público.

 

Por tudo isso, a culpa não é só do ministro do Ensino Superior, que assumirá a responsabilidade de uma volumosa indemnização, em função do processo judicial, intentado pela universidade americana, através da divisão Latina, mas, vergonhosamente, de José Eduardo dos Santos, através de uma maldade descomunal, só faltando o assassinato...


Felizmente, com a fé inabalável em Deus, não claudiquei, ante a voracidade do líder de um regime, que parece gostar das semelhanças com os cleptocráticos.

 

O roubo ou a retirada administrativa do “papel diploma”, apenas me impedem de funcionar, com regularidade, na vigência deste regime, mas o verdadeiro diploma, que não conseguem roubar, nem tirar, repousa na minha mente e posso pelo mundo, como é o caso da Argentina, ver reconhecimento.

 

Na UBA (Universidade de Buenos Aires) foram formados 15 presidentes da República e 5 prémios Nobel (todos os países juntos da América Latina, têm 3) e, à dois anos, fui um dos três alunos (o primeiro preto) dos mais de três mil doutorandos a entrar no quadro de honra, desta reputada instituição académica.

 

Diante deste quadro de responsabilidade e reconhecimento académico internacional, não posso baixar-me ao nível de energúmenos e desistir, mesmo sabendo, tal como estes senhores que o país, não deveria abdicar dos seus quadros, apenas por questões políticas.

Um dia poderei perdoar, mas nunca esquecer, o que José Eduardo dos Santos e seu regime me vêm fazendo, ao longo destes quatro anos, sem qualquer fundamento de razão, salvo o da maldade nata.

 

Ora, existindo este pendente com José Eduardo dos Santos, que desconseguindo a minha capitulação, quanto a defesa das “Liberdades e Democracia”, prejudica a minha vida, profissional, académica e familiar, torna-se muito difícil, ter-lhe respeito e consideração, hoje e amanhã para que eu capitulasse, quanto a defesa das liberdades e democracia quantos outros, no seio da própria entourage estatal e partidária, estarão magoados, aguardando apenas o momento para lhe desfeitear?


Muitos...
Milhares!