Luanda - O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda apresentou hoje dois grupos criminosos, envolvendo sete elementos, suspeitos do homicídio de dois cidadãos angolanos, para concretizarem roubos menores.

Fonte: Lusa

De acordo com informação transmitida pelo superintendente Fernando Carvalho, porta-voz do SIC de Luanda, o primeiro caso envolveu um homem de 82 anos, de nacionalidade angolana, morador no município de Talatona (arredores da capital), que foi asfixiado até à morte após o assalto à sua residência, a 12 de janeiro.

 

Neste caso, os três assaltantes, todos de nacionalidade angolana e com idades compreendidas entre os 25 e os 30 anos, concretizaram o homicídio, segundo aquele órgão de investigação, para levarem «artigos domésticos», como uma arca, uma máquina de levar, um fogão e um sofá, sendo este o móbil do crime.

 

Um dos suspeitos - todos já detidos e apresentados hoje à imprensa no Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional de Angola - esteve detido na Cadeia da Comarca de Viana por posse ilegal de arma de fogo, mas foi abrangido pela amnistia aprovada em julho de 2016 na Assembleia Nacional, sob proposta do Governo, tendo sido libertado.

 

Um outro grupo foi desmantelado pelo SIC de Luanda, incluindo três angolanos e um cidadão da República Democrática do Congo, todos com idades entre os 29 e os 40 anos, suspeitos do homicídio, igualmente por asfixia, no município de Belas, no dia 24 de janeiro, de um cidadão angolano de 39 anos, cujo corpo foi depois abandonado.

 

Um quinto suspeito deste grupo estará foragido, decorrendo ainda diligências de investigação.

 

«O móbil do crime foi o roubo da viatura e de valores monetários», explicou o superintendente Fernando Carvalho.

 

Nos últimos meses repetem-se casos de suspeitos da autoria de homicídios em Angola libertados a partir de agosto último, ao abrigo da lei da amnistia para crimes praticados até novembro de 2015, excetuando os de sangue, de caráter violento, de natureza sexual e de auxílio ou promoção à imigração ilegal.

 

O parlamento angolano estimou na altura a libertação de até 8.000 reclusos com a aplicação desta lei.