Lisboa - O ministro do comercio Fiel Domingos Constantino exonerou recentemente o seu colaborador Antônio da Ressurreição Simeão Henrique da Silva do cargo de PCA da Agencia para a Promoção do Investimento e Exportação de Angola (APIEX), na sequencia da apresentação por parte deste, de um documento de oito paginas, datado de 3 de Janeiro de 2017, contendo reparos e propostas/sugestões sobre o funcionamento daquela agencia, que terão “irritado” o governante. Pelo menos é esta versão que mais se propaga naquele ministério sustentada com documentos que o Club-K teve acesso.
Fonte: Club-k.net
Governante terá se sentido incompetente
O ministro, segundo fontes do ministério, terá se sentido incompetente com o que leu no documento, uma vez que havia passagens que denotava que o não funcionamento em pleno da agencia era em parte por causa de dificuldades que o mesmo causava aos administradores da instituição. Dentre as propostas o demissionário PCA propunha a restruturação da APIEX por notar “graves limitações de gestão e desempenho dos seus recursos humanos ao nível do topo”.
Em reação, Fiel Constantino exonerou todo conselho de administração da APIEX que estava a função há um ano, e desde ao tempo da anterior ministra Rosa Pacavira. Ao mesmo tempo nomeou uma comissão de gestão constituída por quadros do ministério e um “outside”, o analista Belarmino Van-Dúnem, apresentado como putativo candidato ao cargo de PCA da “futura” APIEX.
O governante decidiu também acolher as propostas de Antônio Henrique da Silva que usará para a sua equipa reestruturar a actual APIEX.
A relação entre o Ministro Fiel Constantino e Antônio Henrique da Silva, segundo a imprensa em Angola, era dadas sendo das “não melhores” devido a um suposto ofuscamento que o titular do comercio sentia do também membro do Comitê Central do MPLA.
A relação entre os dois agravou-se depois de o ministro ter proibido o seu colaborador de dar entrevistas e de participar em eventos debates sobre eventos promocionais da sua área laboral. O ministro numa conduta descrita como de “sabotagem”, teria até a data da exoneração do CA cessante dificultado e congelado a nomeação de chefes de departamento da APIEX cujas propostas lhe foram enviadas para aprovação em Outubro do ano passado. O ambiente por si criado, teriam provocado a “paralização” parcial da agencia sucessora da ANIP, de “Milucha” Abrantes.
As falhas que o actual ministro do comercio tem apresentado desde que foi nomeado é justificada pelo facto de ser novato em matérias de governação e gestão. Há meses atrás o Presidente José Eduardo dos Santos o perdoou, ao ver o seu nome num escândalo de desonestidade em que facilitava empresas do ramo do comercio a repatriarem fundos através do BNA.
Em Novembro de 2016, Fiel Domingos Constantino voltou a envolver-se num outro escândalo em que pedia ao BPC acesso ao uso de fundos públicos do programa Propago para o carregamento do seu cartão de crédito pessoal e dos seus principais colaboradores.