Lisboa - 1- Quando se é parte duma sociedade submetida há que pensar de modo estratégico para a libertar.

Fonte: Club-k.net

2- Enquanto as forças de defesa duma ditadura forem exclusiva ou maioritariamente constituídas pelos filhos do povo que submete, a acção para a libertação poderá sempre vencer a ditadura sem ter que a combater violentamente. Nessas circunstancias a batalha principal e sistemática a travar é a da conscientização sobre a legitimidade e o dever das e dos cidadãos - civis e militares juntos - porem fim à submissão da sociedade.


2.1- Quando, para superar essa vulnerabilidade, um ditador recorre a forças estrangeiras para reprimir a acção do povo para a sua libertação, comete sempre um crime de alta traição ao povo e à pátria, um erro fatal que, combinado com os efeitos da conscientização para a libertação, leva componentes importantes das forças nacionais de defesa ou até mesmo a sua totalidade a aliar-se ao povo para a libertação do país.


3- A conscientização da sociedade sobre a legitimidade e o dever de acção para a libertação de todas e todos os filhos do povo - civis e militares - é uma acção cidadã que exige paciência, persistência, um fazer invisível em segurança, seja quando realizado por difusão da mensagem em massa ou quando realizado silenciosamente pelo contacto individual, conversando-se sobre a situação.


4- Do pensamento aqui partilhado pode-se deduzir - em sigilo - que mensagem, estruturas e actividades pacifistas devem ser desenvolvidas para combater uma ditadura endógena.


Nas circunstancias impostas por uma ditadura há que ousar libertar.