Luanda - Os encarregados de educação dos alunos do Colégio Turco, encerrado na passada sexta-feira, foram informados de que o estabelecimento já tem um novo dono, de nacionalidade angolana, com o qual se deveriam ter reunido ontem. Porém, segundo avançou ao Novo Jornal o pai de um dos estudantes, o novo proprietário faltou ao encontro, adiado para hoje, dia que poderá também ficar marcado por uma manifestação à porta do Ministério da Educação.


Fonte: NJ

Pais querem manifestar-se diante do Ministério da Educação

Ainda sem qualquer esclarecimento oficial sobre as causas do encerramento do Colégio Esperança Internacional, nem sobre o que vai acontecer aos estudantes aí matriculados, os pais e encarregados de educação sabem apenas que o estabelecimento vai passar para mãos angolanas.


O novo dono, segundo adiantou ao Novo Jornal um dos progenitores, convocou uma reunião de esclarecimento para domingo, mas acabou por não aparecer.


Apesar de o encontro ter sido adiado para hoje, criando-se a expectativa de que poderá apaziguar algumas das inquietações sobre o futuro dos estudantes do Colégio Turco, os pais e encarregados de educação ponderam manifestar-se, às 16 horas, defronte do Ministério da Educação.


Além de desconhecerem as causas do encerramento do colégio - tendo em conta que o despacho assinado pelo ministro da Educação não as apresenta -, os pais questionam o timing da decisão governamental.


Em causa está o facto de o processo de matrículas ter decorrido normalmente, bem como o arranque do ano lectivo.
Aliás, o director provincial da Educação, André Soma garantiu, numa reunião com pais e encarregados realizada em Outubro de 2016, que o colégio estava em situação legal.


O que mudou entretanto? Caso não obtenham em tempo útil as explicações a que consideram ter direito, ou um compromisso para a resolução do problema, os progenitores vão avançar para o protesto de rua.


Não apenas para garantir que as crianças e jovens continuarão a estudar, mas também para assegurar que os programas serão respeitados, preocupação agravada pelo facto de a língua de ensino ser também o inglês e não apenas o português.