Luanda - Como um bom patriota, José Eduardo dos Santos é uma vez mais o grande protagonista de um momento marcante da história recente de Angola. A transição política feita livre de qualquer pressão e segundo uma agenda cujos timings foram definidos pelos próprios angolanos, passa a ser mais um marco do nosso processo histórico que tem, uma vez mais, no centro José Eduardo dos Santos.

Fonte: JA

Precisamente o homem que, muito jovem, num momento difícil da história do país, após a morte do Presidente António Agostinho Neto, assumiu o poder e conduziu o país numa caminhada de enormes sacrifícios até ser hoje uma referência em África e no Mundo.


Foi com José Eduardo dos Santos ao leme que os angolanos conseguiram manter as suas fronteiras e conservar a soberania, derrotando em solo nacional as forças invasoras sul-africanas e seus amigos internos, numa guerra de agressão. Os angolanos, com José Eduardo dos Santos ao leme, ultrapassaram a guerra fratricida que tanto prejuízo causou ao país e atrasou ainda mais o processo de desenvolvimento. E a forma como terminou o banho de sangue, as destruições e saques, dessa guerra inexplicável, muito teve a ver com a pessoa a quem coube a última palavra na hora de decidir como ela devia acabar.


Morreram muitos, é facto, mas viveram muitos mais. E são estes, cujos testemunhos facilmente encontramos, que confirmam o papel decisivo de José Eduardo dos Santos para que não fosse dado nem mais um tiro e que fossem recuperados os feridos para negociar a paz. O 4 de Abril já espreita e o momento convida-nos a uma profunda reflexão, meio que antecipa essa bonita e marcante efeméride, que é, claro, uma vitória de todos os angolanos, mas que tem José Eduardo dos Santos entre os principais protagonistas.


Estamos todos recordados do que disse alguns anos atrás o Presidente José Eduardo dos Santos numa entrevista à estação de televisão brasileira Band, sobre como gostaria de ser recordado. “Como um bom patriota”, respondeu o líder angolano, com indisfarçável sorriso. O patriotismo é pois uma marca de José Eduardo dos Santos. O seu amor pelo país nunca esteve em causa. E foi sempre nos momentos mais difíceis que essa característica de José Eduardo dos Santos mais se evidenciou. Os factos demonstram-no.


Depois de conquistar a paz, a recuperação das infra-estruturas e o relançamento da economia passou a ser prioridade. Os apelos por parte de Angola à solidariedade internacional, para uma conferência de doadores, que é um mecanismo do direito internacional de grande utilidade nos países em situação pós-conflito, foram pura e simplesmente ignorados. Assim como o direito de os angolanos beneficiarem de ajuda internacional numa situação clara de grande necessidade.


Com José Eduardo dos Santos ao leme, Angola conseguiu obter recursos para financiar um programa de reconstrução nacional, cujo grande objectivo foi recuperar infra-estruturas destruídas pela guerra, e construir outras, de modo a relançar a economia. As marcas profundas do conflito no tecido social também mereceram atenção, e várias iniciativas foram tomadas para promover a reconciliação nacional, e o equilíbrio das famílias, pelo importante papel que desempenham na sociedade como um todo.


Os angolanos vivem hoje outro momento que não é propriamente fácil, mas é, com toda a certeza, muito bonito, pelo simbolismo que ele encerra. O da transição. A escolha de João Lourenço para ser o cabeça-de-lista do MPLA nas eleições de Agosto, marca um momento importante da nossa história, da história de Angola. O Presidente José Eduardo dos Santos havia avisado, também numa reunião do Comité Central do MPLA, que “teria mesmo que ser realizada”, mas no “momento certo e de forma muito cuidada”. Pois bem. Mais uma vez, está nas nossas mãos fazer desse momento, mais um entre aqueles que enchem de orgulho o povo angolano, de Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste. Que sirva de exemplo para África. Uma transição absolutamente genuína, tranquila e serena, porque o país tem rumo. Bem-haja, Presidente.