Huambo – As empresas do sector dos transportes devem implementar os sistemas de gestão da manutenção dos equipamentos e das infra-estruturas, apoiados em softwares criteriosamente escolhidos e indispensáveis para a “organização convencional” da manutenção.

Fonte: Club-k.net
Esta é uma das recomendações saídas do sétimo Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Transportes, realizado, quinta-feira, 16 de Fevereiro, no Huambo, subordinado ao lema; “manutenção mobilidade e progresso”.

Os participantes recomendaram as empresas do sector dos transportes a utilizarem indicadores e termografia adequados para mensurar o desempenho dos equipamentos.

As empresas devem realizar, regularmente, as avaliações custo-benefício das manutenções e reparações. Tendo em conta o perfil eminentemente técnico do sector dos transportes, os recrutamentos deverão priorizar quadros, cuja formação vai de encontro às áreas técnicas de cada ramo de actividade.

De acordo com os participantes, devem ser adoptados os parâmetros internacionais dos sistemas de transporte, na implementação dos planos de manutenção.

Ao discursar na abertura, o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, exortou os gestores públicos a actualizarem o seu plano de manutenção de todos os equipamentos e infra-estruturas que lhes foram disponibilizadas pelo Estado, com base no manual do fornecedor, visando garantir a conservação e qualidade dos mesmos.

Para o ministro, quando falamos de manutenção não nos referimos à mera reparação de avarias quando acontecem, como foi o paradigma até à segunda guerra mundial, mas de manutenção preventiva. Esse conceito de prevenção se vai desenvolvendo cada vez mais à medida que os bens são cada vez mais automatizados, complexos e dispendiosos resultando, cada avaria, em custos elevados e, nalguns casos, em fonte de tragédias.

"Actualmente, esta actividade é envolta no conceito de gestão integrada da manutenção a nível organizativo, significando que gerir a manutenção tem a ver com dominar várias áreas de acção, como gestão de pessoal, planeamento, engenharia das máquinas, equipamentos, meios de transporte e todos os bens físicos utilizados por uma empresa, lubrificação, calibração, gestão de materiais, técnicas de manutenção, informática, etc", referiu.

CRISE FINANCEIRA

O ministro dos Transportes salientou que os tempos actuais de crise económica e financeira, vieram chamar a atenção para o tema da manutenção e da gestão de activos fixos. "Se temos, actualmente, maiores dificuldades em fazer novos investimentos públicos, a solução é assegurar o bom funcionamento dos equipamentos existentes durante toda a sua vida útil programada e se, possível, prolongá-la, ao mesmo tempo que devemos aumentar a rotação desses activos, no nosso caso dos autocarros, comboios, embarcações ou aviões, visando prestar um melhor serviço às pessoas e às empresas", disse.

O sétimo Conselho Consultivo do Ministério dos Transportes realizou-se no dia 16 de Fevereiro de 2017, na Sala de Conferências do Complexo Paraíso da Chiva, no Huambo, tendo analisado questões relativas à manutenção e conservação das infra-estruturas e dos equipamentos das empresas públicas do sector dos transportes.

O evento, que reuniu cerca de 200 participantes provenientes da direcção do Mintrans, institutos públicos e empresas públicas de tutela, contou com a presença do governador do Huambo, João Baptista Kussumua.