Lisboa –  Zandre Eudénio de Campos Finda,  gestor dos negócios privados  do general Manuel Vieira Dias “Kopelipa” foi esta quarta-feira (22) citado pela imprensa  portuguesa, numa matéria que aborda  as acusações de corrupção movidas  pela justiça portuguesa contra  o Vice-Presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente. 

 
Fonte: Club-k.net
 
Portugal faz cerco a teia de corrupção 
 
O “testa de ferro” do general “Kopelipa” é citado pelo Jornal Observador como a figura que a justiça portuguesa  esteve a procura para interrogatório em torno das investigações da compra de 24% do BESA por parte da Portmill, empresa pertencente aos generais  da Presidência da Republica de Angola e que teve, a data dos factos,  Zandre Finda como seu presidente. 
 
 
A justiça portuguesa teve dificuldades em localizar Zandre Finda uma vez que o mesmo vive  em Angola. Porém, de modos a ter o seu trabalho concluído, a justiça lusa, enviou cartas rogatórios a PGR de Angola para que este gestor privado fosse ouvido,  pelo ministério público angolano mas isso nunca aconteceu devido a conivência do Procurador angolano, general João Maria de Sousa. 
 
 
As procuradoras portuguesas   responsáveis pela acusação (contra Manuel Vicente) enfatizam  num   despacho que o “Estado angolano nunca foi interveniente processual a qualquer título nesses autos”.
 
 
Ao descrever o papel do  PGR de Angola e as violações do segredo de justiça que lhe são imputadas sobre este assunto, o jornal  “observador”, realça o seguinte: “Uma terceira imputação de violação do segredo de justiça a Figueira (Procurador português  subornado por Manuel Vicente) baseia-se na alegada entrega de uma cópia da carta rogatória que o DCIAP enviou para Angola para proceder à recolha de informação documental sobre a estrutura acionista e os titulares de órgãos sociais da Portmill, assim como para realizar a inquirição do presidente da empresa (Zandre Finda) e dos restantes administradores. A carta rogatória terá sido fotocopiada a 27 de dezembro de 2011.”
 
 
De recordar que  Zandre Campos Finda   é o Presidente do grupo  “Oshen”, que recentemente comprou o   Colégio Esperança Internacional, mais conhecido por Colégio Turco, encerrado a mando do Presidente José  Eduardo dos Santos, em resposta a um pedido do seu homologo turco. 
 
 
Recentemente, na sequencia de uma  matéria do Club-K,  intitulada “testa de ferro de “Kopelipa” assume gestão do colégio turco”, Zandre Finda através do advogado Malé Chipindo, escreveu um carta negando as suas ligações ao  chefe da Casa Militar da PR, general Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa”. 
 
 
Para o analista Pedro Malembe “o comportamento de Zandre Finda  em desmarcar-se do general “Kopelipa”, pode ser entendido como medida de precaução de forma a não ficar prejudicado  caso um dia aquela alta patente militar  for também incomodada  pela justiça internacional, a semelhança do que esta acontecer com o Vice-Presidente, Manuel Vicente, que corre o risco de ser detido em Portugal”.
 
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