Luanda – Foi com profundo pesar que tomamos contacto com uma descrição apresentada pela doutora Florinda Miranda Meneses. Durante um programa televisivo - ZAP VIVA, Traz-nos a reflexão o conceito “MATO” adjectivo aplicado literalmente aos naturais de Cabinda e Uíge de modo claramente infantil pela referida sumidade.

Fonte: Club-k.net
Queremos acreditar que a Doutora teve pouco conhecimento do período colonial cuja noite escura sempre fez recurso a essa grosseira expressão para denegrir os naturais de Angola e coloca-los a um nível abaixo de qualquer outro ser humano. Procuraram os colonialistas, para que a eles se junta a senhora e tem saudades, com essa expressão separar os angolanos para melhor reinarem mesmo na nossa terra.

 

Temos dúvidas que a senhora tivesse sido aluna do Prof. Victor Kajibanga, Prof. Paulo de Carvalho, (Sociólogos), Prof. Carlos Yoba (Psicólogo) ou pelo menos da Profª. Amélia Mingas (Linguista) cuja capacidade de transmissão de conhecimentos merece reconhecimento nacional e internacional. Pois se fosse não teria cometido um erro tão fulminante como este perante os “espelhos” de uma televisão.

 

De qualquer modo, estamos a encorajar a senhora no sentido de voltar a carteira para assimilar conhecimentos de ética e de deontologia mecanismos que consideramos essencial para assegurar uma substancial melhoria das suas infantis, débeis e despropositadas afirmações.

 

Será mesmo a senhora que vem dar lições de cultura ao povo angolano? Estará interessada a senhora e promover mais uma revolução para libertar o povo angolano do jugo, agora, do neocolonialismo? Conhece a senhoras os municípios deste Angola maravilhosa e cobiçada pelo mundo inteiro? Sabe a senhora onde está enterrado o seu umbigo?

 

Parece estar a senhora insegura da sua própria existência no espaço e no tempo apresentando um total desconhecimento da história de Angola cujo sacrifício e sangue verteram milhares de filhos desta terra para garantir a sua liberdade e defesa da sua soberania.

 

A lista que apresentamos é somente uma amostra de gente do “MATO” que vive nas cidades que a senhora ergueu, portadores de diversos títulos académicos, científicos e militares (Licenciados, Mestres, Doutores, Especialistas, Generais e Comissários). Esta amostra comporta Professores, Engenheiros e Médicos, deixando os militares e para militares de fora.

 

Os mesmos desempenharam e desempenham funções no aparelho central do Executivo (Ministros. Secretários de Estado, Reitores, Governadores, Vice Governadores, Deputados, Directores Nacionais, e outras no interior e exterior do País.
Por uma questão ética não indicaremos as suas actuais funções, cabendo a senhora pesquisar como tarefa de casa que deveria receber na carteira escolar:

CABINDA

Alberto Paca
Alberto Maba Chocolate
António Manuel Gime
Pascoal António Joaquim
Manuel António de Morais
Nicolau Gomes Spencer
José Amaro Tati
António Maria Sita
Augusto da Silva Tomás
Boaventura Moura
Carlos Zeca
Evaristo Domingos “Kimba”
Maria Mambo Café
Carlos Yoba
Domingos Kimpolo Nzau
Francisco Chocolate
Francisco Barros
Santana André Pitra “Petroff”
Pedro Maria Tonha “Pedalé”
Madeira Torres
Pedro Agostinho de Nery
Marcos Barrica
Jorge Barros Nguto
Marcos Nhunga
Miguel dos Santos Oliveira
Miguel Zau Puna
Tony da Costa Fernandes
Raul Tati
Raul Danda
Lauriala Martins
Zuleica Wilson
Egidia Torres
Luis Gomes Sambo
Silvino Mazunga
Jorge Casimiro Congo
Família Mingas, Da Lomba, Hespanhol, Pitra

UÍGE

Capela Tepa
Domingos Peterson
Dissengomoka Sebastião
Domingos Peterson
João Teta
Kiafuca Maleta
Kianvu Tamo
Luzayadio André
Massamba Cardoso
Mfulumpinga Lando Victor
Mayanda Inocêncio
Nsingui Barros
Nlandu Balenda
Pedro Teta
Samuel Carlos
Zinga Mbunga
Zavoni Tondo

Temos ideia de que a senhora seja portadora de um saudosismo exacerbado por isso fez recuperação de um conceito odiado por todos os angolanos na sua vertente discriminatória.
Pelo exposto e para não ser exaustivo, aconselhamos a senhora retratar-se publicamente, de forma oficial, de preferência por escrito, não do jeito que foi praticamente coagida a fazer...

Atentamente,
Mário Franque