Luanda -  Estes dias tornou-se viral na opinião pública o clima de crispação entre Angola e Portugal por causa do processo judicial movido, pela justiça portuguesa, contra o vice- presidente de Angola, Manuel Vicente. Fruto desse processo, diz-se, na imprensa, que, brevemente, o nosso Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, vai pronunciar-se oficialmente para o corte de relações com o país de Camões. Entretanto, a Ministra da Justiça de Portugal, a nossa conterra, Francisca Van Dunem, foi-lhe adiada a visita a Angola. E à conta disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da nossa Angola emitiu um comunicado a considerar “inamistosa e despropositada” a forma como as autoridades portuguesas divulgaram a acusação do Ministério Público de Portugal ao vice-Presidente da nossa Angola, Manuel Vicente, e alertou que essa acusação ameaça as relações bilaterais. Por sua vez, o Jornal da nossa Angola (JA), na pessoa do seu diretor e diretor adjunto, José Ribeiro e Victor Carvalho, respetivamente mercenários portugueses, intitula de “Tanta falta de vergonha” à justiça portuguesa pela mesma matéria. Muitos outros artigos, na imprensa dos dois países, têm feito eco desse clima de “falsa” tensão política. O Primeiro-ministro português, António Costa, o Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, a Coordenadora do BE, Catarina Martins, também já se pronunciaram sobre o caso, firmando a clara (sem confusão) existência de separação de poderes em Portugal e se Angola, assim, não considera, apesar de a consignar na Constituição, o problema é nosso povo angolano.

Fonte: Club-k.net

Chegado a esta parte, peço, aos caros leitores e ao site Club-k, que me deem a possibilidade de descer de nível de linguagem cuidada ou técnica para uma linguagem mais popular, terra a terra, preto no branco para falar para o povo simples.

 

Quando os nossos governantes falam sistematicamente de corte de relações com Portugal, estão a referir-se a que exatamente? Relações político-diplomáticas? Económicas? Sociais? Culturais? Turísticas? Corruptio-compadrio? Relações sexuais? É bom que isso seja bem esclarecido aos angolanos. Mas falar de corte de relações de Angola com Portugal, no sentido de estado para com outro estado, será que não passa simplesmente de simulacro utópico, ou melhor do ladrar sem morder? Isso não mostra até que ponto nós angolanos (africanos) somos incautos, sem sentido de estado,desumanos, egoístas, autistas, macacos velhos, preconceituosos, e como se diz nos corredores entre os pulas, pretos burros de merda e de inteligência inferior? É a conta de muitas dessas atitudes e comportamentos recalcados e primitivos que continuamos a dar provas inequívocas da nossa imaturidade, puerilidade, subdesenvolvimento intelectual, sem falar de outros vetores da vida humana. Nós os negros africanos, na figura dos nossos líderes, e não só, continuamos a dar razões firmes, aos brancos e ao ocidente, da nossa incompetência, da nossa imaturidade, do nosso subdesenvolvimento intelectual (inteligência prática), da nossa incapacidade prática de governação, das nossas reações animalescas (instinto básico) etc., etc.

 

Porque é que a África e os negros africanos têm que ser sempre assim e comportarem-se dessa maneira, porquanto o Ocidente (brancos) se ri e zomba de nós como pretos “burros”, inumanos e eternamente crianças? É por causa disso que nos anestesiam pragmaticamente, nos alienam intelectualmente, nos neocolonizam economicamente, nos castram mental e politicamente, enquanto os nossos líderes inaptos, desatentos, insensíveis, autistas, cegos e solipsistas passeiam luxuosamente nas limpas avenidas dos países desenvolvidos, gastando a riqueza de África em orgias e corrompendo os mercenários da democracia. Neste momento de crises e de globalização, em vez de falarmos de reforço e de aprimoramento de relações, em todos os sentidos, sobretudo com Portugal, país de umbilical e secular história de relações, nos digladiamos e retaliamos por tudo e por nada e, sobretudo, por causa de questões de interesse pessoal ligado a indivíduos corruptos, que roubaram aos angolanos, personae non gratae na sociedade angolana do futuro a construir. Enquanto o povo morre à fome, os hospitais sem medicamento, sem água nem luz, eles gastam milhões em passeatas, em compras, em orgias e em apartamentos de luxo com o dinheiro de todos os angolanos. Todos os verdadeiros angolanos deviam unir-se e fazer uma petição pedindo a Portugal, ao FBI e á Interpol que nos ajudem a apanhar esses podres corruptos e enviá-los para São Nicolau, e a interditar a sua entrada nos países desenvolvidos.

 

Eu e muitos angolanos, ficamos felizes em saber que os portugueses perceberam que os próceres angolanos estão a corromper a democracia portuguesa e que serão seus filhos e netos, no futuro, que pagarão por tudo isso, enquanto nós, cá povo, em Angola somos anestesiados e adormecidos à sombra da bananeira e, pior do que isso, os papagaios a nos venderem, sem vergonha nem decoro, como lixo de luxo nos médias no Ocidente. Por isso, vista bem as coisas, Portugal pouco tem a perder com quaisquer

 

cortes de relações com Angola. Mas todos os angolanos hão de perder muito mais com isso. E se os nossos dirigentes e governantes são, na verdade, sérios e querem mostrar ao mundo que têm verticalidade de atuação e cumprem com a palavra e firmeza, então vamos lá cortar as tais relações com Portugal. Senão, seremos sempre papagaios, gente morcega, povo sem postura e sem honra, visto como “pretos” sem personalidade, sem valor e sem caráter; os fala-barato.

 

Na verdade, será possível cortar, quaisquer relações com Portugal, como recorrentemente os governantes angolanos tem querido mostrar? Então, com a nossa ligação histórica, linguística, cultural, gastronómica, ensino-educativa, legislativa, económica, tecnológica, administrativa, turística, comercial, empresarial, sanitária, know how, etc., etc., teremos mesmo a capacidade de sobre(viver) e governar-nos em Angola? A meu ver, dependemos de Portugal de muitas coisas básicas e Portugal só tira de Angola o capital e algumas matérias-primas. É verdade que cá, em Angola, vivem e trabalham muitos Tugas, mas mesmo assim Angola é que perde, porque muitos desses Tugas, em Angola, ou são quadros e técnicos superiores que prestam serviços e asessoria e asseguram o “bom” funcionamento da engrenagem da máquina do estado ou são gerentes dos empresários angolanos de “ordem de saque”, ou são professores universitários. Em vez disso, os angolanos que vivem lá na Tuga, ou são estudantes ou familiares dos corruptos angolanos ou trabalhadores lojistas ou varredores de supermercados. Por isso, cortem lá, então, as tais relações para ver. Aliás os primeiros a sofrerem as consequências disso, são, irremediavelmente, os tais chefitos que até dependem do papel higiénico de Portugal e da lixívia para limpar as suas sanitas. O povo, esse, já está acostumado a sofrer e a ir ao campo para as suas necessidades.

 

Mas vamos aos casos concretos se se cortar as tais relações: como ficaria a questão do champanhe e do vinho que as elites angolanas, e não só, apreciam toxico dependentemente nas suas orgias e vícios orgásmicos em quintas de luxo? Da China vem mesmo um bom Cavalo Branco, um bom Douro, um bom vinho do Porto, um bom Alhandra ou um bom Monte Velho? E como ficariam os bancos e aqueles que verdadeiramente são os gurus da banca e do mundo financeiro angolano? Não são eles maioritariamente portugueses? E como ficariam os milhões de euros dos governantes angolanos depositados nos bancos portugueses? E os seus apartamentos de luxo na Tuga? Ou não correm para lá se tratarem quando tem um simples problema de barriga? Irão mesmo tratar-se num hospital público em Angola? E em que Média o embaixador Itinerante vai vender a sua banha de cabra? Pelos vistos na China e em Cuba não será possível um debate televisivo aberto e democrático como tem feito no Ocidente. E como ficaria a Sonangol se quem exequivelmente lá manda são os assessores portugueses. Então como ficaria a manutenção dos softwheres e equipamentos instalados nos hospitais, nos ministérios, na CNE? É desta vez que vamos ver qual farsa é a tal política de quadros, sloganizada a torto e a direito, quando os equipamentos começarem a respirar febre-amarela e sem técnicos nem assessórios à altura. E como ficam os relatórios dos governos provinciais, dos ministérios, etc. etc. que são quase sempre encomendados às empresas portuguesas de acessórias e prestadoras de serviços? E como ficam as empresas dos chefitos se muito do seu know how e os seus verdadeiros gestores e gerentes são portugueses? E Como fica a Isabel dos Santos, e outros, se os seus investimentos na banca, e não só, são feitos maioritariamente na Tuga. E como fica a TAAG se a sua rota mais lucrativa é a de Portugal? E como fica a Constituição se quem nos explica o seu emaranhado texto são os iluminados constitucionalistas Tugas? E o código penal angolano que ainda é do tempo colonial? E por favor, também não se esqueçam de cortar relações com as bocas de aluguer José Ribeiro e Victor Carvalho que dão má imagem, de todos nós angolanos, com os seus artigos incendiários e vergonhosos contra Portugal, seu país.

 

Eu fico aqui sentado à sombra da bananeira a espera da coragem dos nossos governantes em cortar tais relações. Quero ver se têm mesmo tomates ou só são proxenetas ao sabor do dinheiro do pau de Cabinda. Quando à Portugal e à União Europeia, espero que fechem o canal, os Média cerquem ferozmente os corruptos angolanos e africanos, denunciando os esquemas, tráfico de influência e branqueamento de capais e toda a Zona Euro interligue-se para o arresto dos bens desses podres corruptos e a Interpol e o FBI os prenda emediamente caso entrem em países ocidentais. Porque não se percebe como é que esses pretos angolanos e africanos andem sempre a lixar, a enterrar, a matar, a neocolonizar, a desprezar os seus países e o seu povo, deixando-o na miséria, sem água, sem luz, sem estradas, sem medicamentos nos hospitais, sem ensino de qualidade, sem liberdade de expressão, sem democracia prazível, sem saneamento básico, sem desenvolvimento humano e queiram desfrutar da boa vida nos países desenvolvidos pelos outros. Que desenvolvam lá os seus países.