Brasil - A oposição anda, por estes dias, num (in) justificado «delirium tremis», que se confunde com o verberar histerico de uma virgem perdida no mais reles dos bordeis, devido ao desempenho da Comunicação Social pública numa altura em que o «País político» prepara-se para ir ao «jogo» (leia-se, eleições).

Fonte: Facebook


Primeiro, o (in) justificado «delirium tremis» da oposição tem como escopo aparente atacar os profissionais da Comunicação Social pública, mas, na verdade, visa disfarçar a sua insuficiência em termos de projectos/ideias para o País.


Segundo, o verberar histérico da oposição é, em tese, uma «poesia» que há muito faz folia nos nossos ouvidos: a de que o partido no Poder tem domínio total sobre a Comunicação Social pública e os seus profissionais. Mais: Angola não é nada que se pareça com um bordel.


Longe de pretender entrar em considerandos no que tange aos pontos por mim elencados, a verdade é que o MPLA sempre percebeu – mesmo antes do alcance da Independência aos 11 de Novembro de 1975 – que a Comunicação Social era um meio para adquirir, exercer e manter o Poder.


Já no alvorecer do tempo da Luta de Libertação Nacional, o MPLA (atenção: não estou aqui a envergar a toga de causídico do partido no Poder), contrariamente à FNLA e a UNITA, percebeu que a palavra (entenda-se Propaganda) mediante os veículos de Comunicação de Massa (rádio e jornais) tinha mais força que a bala de uma AK47.


A oposição, junta e atacada, nunca demonstrou sensibilidade em relação à Comunicação Social. Pelo contrário, hostilizou-a sempre que teve oportunidade. Minimizou o seu valor e a sua importância. A oposição, mesmo agora, nos tempos hodiernos, ainda está por perceber que a Comunicação Social é o espaço privilegiado da política. A oposição sempre equivocou-se relativamente à importância estratégica da Comunicação Social.


É confragedora a miopia da oposição que sequer sabe tirar o devido partido da mídia eletrónica (não só o rádio, mas todas as formas de Comunicação, tais como jornais e Internet).


O segundo maior partido angolano é, verbis gratia, uma força política privilegiada por possuir uma rádio. Não há partido político nenhum em Angola que tenha uma rádio como sua propriedade - pelo menos que seja do conhecimento público, de facto e de jure.


Agora, será que o referido partido consegue produzir factos jornalísticos que, através da sua própria emissora, coloquem a sua política para o País em evidência? Tenho (sérias) dúvidas.


A oposição política angolana prescinde do concurso do Jornalismo e dos meios de Comunicação durante quatro/cinco anos. Chegada a «hora do jogo» ataca a Comunicação Social (pública) e os seus profissionais para justificar antecipadamente a derrota eleitoral que está aí bem ao dobrar da esquina.