Luanda - O presidente do grupo parlamentar do partido ameaçou mesmo recorrer às instituições internacionais “caso nada seja alterado” a nível interno.

Fonte: Lusa

O posicionamento da UNITA foi manifestado, em conferência de imprensa, pelo seu presidente do grupo parlamentar, Adalberto da Costa Júnior, que ameaçou mesmo recorrer às instituições internacionais “caso nada seja alterado” a nível interno.


“Denunciámos o envolvimento do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, do chefe da Casa Militar do Presidente da República e do Comandante Geral da Polícia Nacional, em todos os actos partidários, com aparatosos corpos de defesa e segurança, desproporcionais aos actos e colocados ao serviço dos programas partidários do MPLA”, acusou o deputado.



O líder parlamentar da UNITA recordou que o país ainda não está no período destinado à campanha eleitoral e condenou o que chamou como “uso ilegal de tempos de antena extraordinários”, numa alusão ao tempo dedicado pelos órgãos públicos de comunicação social ao candidato do MPLA.


“Tomámos algumas medidas, dirigimos às direções da televisão e rádio estatal angolana, ao Jornal de Angola e ao Conselho Nacional de Comunicação Social, cartas de protesto e posso dizer que as instituições públicas citadas, não têm qualquer problema em insistir na prevaricação. Isto é, na violação à lei”, acusou.


O secretário de Estado da Comunicação Social, Manuel da Conceição, apelou na segunda-feira, em Luanda, a que os órgãos de comunicação social contribuem para a “promoção do civismo” entre os cidadãos, para que estes possam “decidir em consciência” durante as eleições.


“O que nós estamos a contestar não é a actividade política regular, mas sim as violações à lei, a necessidade de termos tratamento uniforme nos órgãos públicos de comunicação”, sublinhou.


Adalberto da Costa Júnior criticou igualmente “a mobilização massiva de meios e recursos públicos ao serviço de um partido” e acrescentou mesmo que a UNITA não vai participar nas eleições “de qualquer maneira”.


“Estamos a acompanhar com total atenção a dinâmica do processo. Bom será que não atinjamos, pontos de ruptura. O nosso interesse é e será sempre a abordagem de eleições em ambiente de tranquilidade, de garantia para todos, de igualdade de tratamento. Enfim, de festa”, observou.

 

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