Luanda - O acto político organizado pela UNITA no Campo Olímpico de Viana, no dia 11 de Março do corrente ano, está a fazer moça nas hostes do Partido maioritário. O comício do Galo Negro calou fundo o regime e concorre para desfezer toda a estratégia deste, que visa, mais uma vez, aplicar a fraude eleitoral, como foi em 2008 e 2012. Desta vez, nem a deserção de Joaquim Sutila, do João Culolo, ou a mãozinha de Jorge Alicerces Valentim travaaram a incisiva ansiedade da população de Luanda em afluir à actividade dos maninhos.

Fonte: Club-k.net

O Campo Olímpico de Viana transbordou de banho de multidão que aí acorreu. Envergonhada e humilhada pelo sucesso da UNITA, a Direcção do MPLA/Estado, orientou na segunda-feira, 13 de Março de 2017, governadores e primeiros secretários do Uige, Bengo, Cuanza-Sul, Cuanza- Norte e Malanje (províncias com proximidade à Luanda), a mobilizarem, transportarem e colocarem no dia 18 de Março (sábado), todos funcionários públicos, sem excepção, para o comício do candidato João Lourenço no mesmo espaço.

 

Para essa empreitada, todos os responsáveis de repartições, departamentos e direcções foram orientados a estarem presentes com livros de ponto para o competente controlo. A orientação é extensiva às direcções de empresas como a Macon, a Tura, a Tecul, a Angostral e a SGO, no sentido de disponibilizarem todos os autocarros e mini-autocarros disponíveis.

 

À direcção das Forças Armadas Angolanas foi incumbida a tarefa de mobilizar todos os cadetes e militares no activo acompanhados e seus agregados familiares. As forças armadas também, tem a incumbência de disponibilizar aviões IL76 e antonove 32 para o transporte de militantes de etnias mucubal, mumuila e nhanheca humbi (tidos como os mais fiéis e obedientes), que virão das províncias do Namibe e Huila; sem descurar a componente de camiões Camazes, para o transporte do pessoal do aeroporto, para o Campo Olímpico de Viana e vice-versa. Na mesma senda, a direcção do Partido MPLA orientou o ministério das finanças no sentido de alocar uma verba para o efeito.


Algumas igrejas, sobretudo aquelas chamadas igrejas não legalizadas e controladas pelo Pastor Antunes Huambo e a de um tal de pastor Isaac, congolês, receberam ordens do regime para movimentarem os fieis das suas denominação para o acto do MPLA. É caso para dizer que o regime do MPLA mergulhou no mar de desespero. Na verdade, toda e qualquer espécie de mentira só é percebida, quando choca com o confronto da verdade. A mentira não aguenta o confronto, porque a sua base ideológica é destituída do elemento factual. A mentira molda-se apenas de teoria fundada no interesse obscuro particular de quem a arquitecta e a formula.

 

O recurso à mentira e a propaganda é a arma que resta ao regime, que volta e meia, por falta de argumentos políticos convicentes e ante o desastre evidente e visível do fracasso de todas políticas adoptadas no longevo período de governação inventa, números de militantes que não possuí, assim como falsos dissidentes de outros partidos em especial a UNITA, para as suas fileiras. Tudo o faz com a intenção maldosa de legitimar fraude eleitoral, como aconteceu nas eleições legislativas e gerais realizadas em 2008 e 2012, respectivamente.

 

Falando do desastre e do fracasso de políticas adoptadas em 41 anos de poder, verdade e mérito devem ser atribuídos ao regime por ter tido sucesso na tortura, na repressão, no assassinato, no controlo e asfixia da comunicação social, na miséria e a fome que assolam o povo, no aumento de desempregados, etc. A difusão da mentira e da propaganda enganosa teve e continua a ter sempre o cunho e respaldo da comunicação da TPA, RNA, Angop e do Jornal de Angola, que se constituíram em agentes de propagação e disseminação de subdesenvolvimento.