Luanda  - Em Angola aguarda-se pela apresentação das propostas dos partidos e coligações na corrida eleitoral, durante a campanha. Alguns já lançam algumas pistas em atos de pré-campanha eleitoral.

Fonte: DW

O registo eleitoral termina, oficialmente, no dia 31 de março. Mais de 8 milhões de angolanos já se registaram e atualizaram os seus dados, aguardando agora pelo dia da votação.


Antes da escolha do novo Presidente da República e dos deputados, os eleitores vão acompanhar a apresentação dos programas políticos dos partidos e coligações concorrentes. A DW África saiu à rua e perguntou aos cidadãos, em Luanda, o que esperam dos candidatos às eleições de agosto.


A regularização da energia eléctrica é um dos pedidos mais ouvidos. Estão em curso em Angola vários projetos hidroeléctricos, mas os municípios continuam às escuras. O recurso a geradores tem sido a solução encontrada por muitos angolanos para manter a lâmpada acesa.


Adão Domingos, residente em Luanda, espera que os candidatos falem sobre como vão resolver o problema porque "sempre ficamos sem energia”.

Promessas que ficam por cumprir

Francisco Simão espera mudanças no fornecimento de água potável, no combate ao desemprego, entre outras. Segundo ele "tem que mudar muitas coisas na educação e saúde. Há ainda falta de trabalho”.


Muitas promessas feitas em campanhas eleitorais ficam por cumprir durante a governação. Os políticos prometem uma coisa e fazem outra. Simão não comenta, nesse ponto ele é igual a São Tomé: "Podem prometer uma coisa e depois mudarem. Vamos ver ainda. Eu não posso dizer que o que eles vão prometer vão cumprir. Vamos esperar para ver”.


Também Esperança João, residente em Luanda, vai escolher o seu futuro Presidente e os seus representantes na Assembleia Nacional, em agosto. Espera que os candidatos sejam escravos das suas palavras, na hora da materialização das promessas.


Para ela os candidatos devem, "cumprir com que eles estão a prometer. Serem mais abrangentes nos projetos que estão a ter e cada promessa deve ser respeitada. Quando não cumprem é porque estão a desonrar as próprias palavras."


Em fevereiro, o Tribunal Constitucional publicou a lista de partidos políticos e uma coligação com condições de concorrer às eleições de 2017. O documento é constituído pelo MPLA, UNITA, PRS, FNLA, Bloco Democrático e a coligação CASA-CE, que integra quatro partidos.

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