Lisboa - Magistrados Judiciais e do Ministério Publico (MºPº)  estão hoje confinados no edifício das 3AAA que se encontra a ruir e que pode desabar a qualquer momento. Em declarações a Radio Kuanza Sul proferidas no debate desta quarta feira 15 de março de 2017, o Juiz de Direito Sebastião Artur em representação do Juiz presidente, mostrou-se desapontado com o assunto e acrescenta que este ano judicial poderá estar comprometido com   atrasos na celeridade processual e outros de vária ordem motivados pelas más condições de trabalho a que estão sujeitos. 

Fonte: Club-k.net
 
Acrescenta aquele magistrado que o motivo que os levou a saírem do Tribunal de raiz onde funcionavam tem haver com uma solicitação do Governo da Província que pretendia efectuar obras de restauro e ampliação, mas que, depois de reabilitado viram o edifício entregue a Delegação da Justiça que em abono da verdade não tem estrutura nem pessoal suficiente para ocupar a imensidade de gabinetes que o edifício possui. 
 
 
Para  se ter   uma ideia o edifício de raiz do Tribunal, possui 3 salas de audiências, 20 gabinetes para Magistrados e 2 cartórios sendo 1 para o civel e outro para o crime podendo acomodar o Tribunal com o seu pessoal incluindo o MºPº, ao passo que as 3AAA tem uma estrutura inadequada com uma sala de audiências apenas, é um edifício pouco ecológico que se torna desumano trabalhar sobretudo quando não há energia pois, as salas tornam-se escuras e com muito calor. Os AC, estes não funcionam já faz tempo, o tecto está a cair aos poucos, apresenta fissuras nas paredes e pilares o que periga a vida de quem insiste em lá estar.
 
 
Tudo isto teve inicio na vigência do mandato da então Delegada da Justiça Tatiana Ribeiro que terá sido a arquitecta de tal proeza, influenciando até o Ministro da Justiça a tomar tal decisão. Nos círculos judiciais os profissionais se perguntam como é possível um edifício de raiz que funciona como tribunal desde o tempo da outra senhora ser hoje entregue a Delegação de justiça e não se respeitar um órgão de soberania como o tribunal, fim de citação.
 
 
Os Juízes são obrigados a trabalhar sob pressão, sem condições de trabalho com julgamentos efectuados numa sala apertada, quente que parece mais uma sauna do que um gabinete, frisa o citado Juiz. 
 
 
O edifício em questão está a beira de desabar situação que já obrigou os Magistrados do MºPº a abandonarem o mesmo por insegurança, tendo se confinado na loja dos registos que de igual modo não tem condições dignas para um Magistrado Judicial ou do MºPº.