Luanda – A administradora adjunta para a Área Técnica do distrito urbano do Zango, Lizeth Pedro, é acusada – pelos fiscais – de criar dificuldades aos jovens investidores imobiliários daquela parcela, invocando sempre os nomes de dirigentes do MPLA, João Lourenço [candidato à presidência da República] e governador do Zaire, Joanes André.

A mesma tem revelado uma atitude de arrogância excessiva, de intolerância e de intimidação


Fonte: Club-k.net

A visada tem estado a criar entraves aos empreiteiros que estão a erguer – com capitais próprios e com muito sacrifício, fruto da crise financeira que assola o país – centenas de residências no Zango III, propriamente no conhecido “projecto Bento Kangamba”.

 

Liseth Pedro, segundo a fonte, esta a impedir que os empreiteiros avancem com a construção das moradias sociais sob o protesto de que os mesmos não respeitam as regras do projecto. “Ninguém consegue entender de que regras se tratam, mas o que todos aqui sabem é o que o irmão dela Wilson «Demolidor» tem feito”, disse a fonte da administração de Viana.


Fruto das suas artimanhas os empreiteiros estão a ver os seus esforços a caírem em sacos rotos, uma vez que – alguns deles – foram forçados a parar com as obras. “Ela ameaça-nos que vai mandar demolir as casas caso prosseguirmos com as construções”, revelou um dos empreiteiros saturado com a situação e a fiscalização de Viana e do Zango se remetem em silêncio total.

 

De acordo com as nossas fontes, a maior parte dos empreiteiros que estão a construir no local firmaram um acordo de cavalheiro com o Executivo, após a desistência da construtora “BK” afecta à empresa Kabuscorp Kangamba Business Corporation que prometera ao Executivo, em 2013, erguer 30 mil residências.

 

“A empresa de Bento Kangamba depois de construir menos de 10 casas e um edifício que se encontra em estado de abandono, desistiu do projecto e nós continuamos no sentido de ajudar o Executivo, agora vem ela a dizer que não temos competências para tal e tudo está mal", denunciou outra fonte.

A super poderosa

Este portal noticioso soube junto dos serviços de fiscalização de Viana que a Lizeth nunca aceitou participar nas reuniões técnicas do município e foge argumentar tecnicamente sobre os problemas da urbanização da sua área de jurisdição. “Ela não tem pedagogia nem academia para exercer o cargo que ocupa”, balbuciou.

A nossa fonte garante que a mesma não respeita e nem obedece o seu chefe, o administrador Costa Gabriel, com experiência nessas lides, que é de trato fácil com hábitos nobres e pouco dado a intrigas.

Suponha-se que a “suposta” arquitecta criara um gabinete "ac doc" cujos funcionários escolhidos por si não são assalariados e que dependem de dinheiro resultante das vendas de terrenos e casas das suas “negociatas” no Zango.

“Ela não para no gabinete, não atende o telefone, não tem agenda de trabalho e nunca participa das reuniões de trabalho na administração do distrito alegando que tem assunto a tratar com os vice-governadores ou mesmo com o governador Higino Carneiro. As vezes diz que o vice-presidente do MPLA [João Lourenço] o mandou chamar só para faltar nas reuniões”, assegurou uma fonte próxima da mesma.

Circulam informações, de acordo com a nossa fonte, que justamente amanhã (25/03) um grupo de empreiteiros (e trabalhadores das obras), alguns deles ex militares das FAA, pretendem fazer chegar uma carta-queixa ao cabeça de lista do MPLA, João Lourenço, durante o acto político de massa que se realizará naquele distrito urbano. Na carta, as vítimas da arquitecta – que também são militantes do partido no poder – vão espelhar todas trambiquicesses e abusos de poder que a mesma tendo vindo a praticar.

Convidada para comentar sobre o caso, a jurista Evalina Ding’s é de opinião que os lesados devem apresentar uma queixa-crime contra a mesma uma vez que a sua atitude viola várias normas jurídicas angolanas. “Pelo que ouvi ela tem um perfil manchado de trambiquices e o pior é que Lizeth faz tudo isto em nome de João Lourenço e Joanes André”, concluiu.