Luanda - No presente artigo de opinião, buscamos com avidez através de pesquisas orais em torno de muitas Universidades Privadas, nas quais somos funcionários docentes, e uma pesquisa minuciosa em gesto de comparação com o antigo – IMS, actualmente denominada Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda.

Fonte: Club-k.net

Para abrir o presente artigo de opinião, vale ressaltar o provérbio empregue em engenharia de guerra: “Não existe mau soldado somente existem maus comandantes.”


Este aforismo militar, nos leva a crer que a evolução da terra e dos homens não é uma palavra oca, é o despertar dos homens para um novo mundo de que eles, são os participantes convenientes. O fenómeno educação, não depende por si só do homem que se educa, mas antes de tudo, dos lugares que os homens ocupam e das forças que podem dirigir.


Se observarmos com exactidão, o perfil do antigo – IMS, veremos que na actualidade ultrapassa de forma clara o de muitas Universidades Privadas, quem é professor universitário, sabe do que falo, não no contexto de números de quadros formados, mas antes pelo contrário, no contexto de qualidade dos quadros que daí emergem. Pois que, antes melhor ter pouco mas de boa qualidade, que muito de má qualidade.


Neste artigo, recuperando resultados parcelares do trabalho de investigação que temos vindo a desenvolver sobre a qualidade do ensino em Angola, identificamos os valores da educação orientadores do processo de decisão e as crenças associadas ao impacto da qualidade de formação dos quadros angolanos. Fazemo – lo, partindo dos seguintes pressupostos relativamente ao sentido dos conceitos de formação educativa, valor e crença:


Uma perspectiva de qualidade de ensino encontra – se no antigo – IMS, que na sua dimensão pública remete para um processo de ensino rigoroso, que não impõe para o educando o privilégio de sair dali vazio, impondo desde logo um conjunto de regras que permitem ao formando a aquisição clara de conhecimentos no ramo do saber em saúde, crenças e esquemas interpretativos dos valores que definem a natureza dos problemas científico – técnicos das ciências de Saúde e orientam a tomada de decisão no âmbito assistencial.


Um dos fenómenos que tem vindo a ser notório nessa Escola nos últimos anos a respeito da Educação, é o da necessidade de envolver os alunos nos processos de ensino-aprendizagem, tornando-os protagonistas na construção dos seus saberes. Esse apelo surge em resposta às críticas feitas à Escola por transmitir conhecimentos compartimentados em pacotes disciplinares, sem articulação entre si, dificultando uma visão global e relacional dos saberes e fazendo dos alunos meros acumuladores das informações transmitidas, em vez de intervenientes activos na construção desses saberes. Urge por isso que os professores hoje trabalhem os conteúdos curriculares de modo integrado e de forma a aproximá-los das vivências dos alunos, tornando-os mais familiares e mais compreensíveis. No fundo, apela-se a que desenvolvam o currículo de uma forma mais contextualizada.


O IMS hoje, é uma das Instituições angolanas que mais cresceu no ramo do ensino em saúde em Angola, a compará – lo com muitas instituições de formação universitária onde os quadros que dali advêm reduzem – se ao pouco em relação aos quadros oriundos do IMS, isso não veio à gangosa, o IMS, existe há anos, somente agora teceu as pinceladas de uma qualidade clara, fruto da actividade acérrima do actual corpo de gestão, gestores trabalharam de modo intenso para o alcance deste paradigma tão nobre que hoje a instituição suporta.


Um conceito de valor assimilado ao fenómeno ensino tem vindo a nascer nesta Escola de Formação de quadros, que é experimentado como algo de valioso, ao qual foi atribuída uma preferência maior no seu grau de importância face aos demais processos pedagógicos que vigoram em muitas Universidades Privadas hoje.



Reprovar em algumas Universidades Privada hoje, passou a ser um mistério, o que se repercute na formação de quadros de péssima qualidade, quadros esses que têm canudos brilhantes incompatíveis com a aquisição de valores e saberes que possuem. Neste enquadramento, para a verdadeira formação do homem interessa o conhecimento e não o canudo, os canudos são apenas um passaporte, caso contrário a inclusão dos valores da educação não encontram espaço no mundo real do estudante, passando a existir licenciados sem licenciatura, que somente têm títulos, mas o conhecimento que possuem existe no segredo dos deuses.


O IMS, é um modelo do ensino em Saúde em Angola, no âmbito, de estar a formar quadros confundidos com muitos que advêm em Universidades privadas, essa instituição pela singularidade que apresenta, deveria ser o modelo para os demais IMS espalhados por Angola fora, por propor uma axiologia própria da educação, com crenças que catapultam o educando à verdadeira formação que não se mede nem a metro nem a balança.


A selecção desse corpus de Gestão, foi a melhor que já se fez em Angola, porque no passado o IMS, andou a deriva, à sua sorte, sem eira, nem beira, e actualmente, graças a chegada desse corpus, o IMS tomou o peso da evidência contrária ao passado, superando inúmeras Universidades Privadas à dispersão de Angola, em muitas das quais somos lá docentes Universitários.

BEM – HAJA!