Luanda - O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), José Eduardo dos Santos, defendeu esta sexta-feira uma “boa organização” como prioridade do partido para as eleições gerais de agosto próximo, às quais já não concorre.

Fonte: Lusa

O líder do MPLA e Presidente de Angola desde 1979 discursava na abertura da sessão extraordinária do Comité Central do partido, que se reuniu esta sexta-feira para apreciar eventuais ajustamentos à lista de candidatos a deputados nas eleições gerais, que ainda não foram agendadas.

 

Segundo José Eduardo dos Santos, o foco e pensamento do partido “deve centrar-se na obtenção de uma vitória eleitoral expressiva que garanta ao MPLA a implementação do seu projeto de sociedade, de unidade nacional e de desenvolvimento económico, político e cultural”.

 

No encontro desa sexta-feira, avançou ainda José Eduardo dos Santos, vão ser apreciadas as propostas de alteração aos regulamentos de organização e funcionamento das estruturas do MPLA, documentos considerados importantes, “já que visam melhorar a vida interna do partido”, conferindo maior dinâmica, flexibilidade e capacidade de ação à organização e funcionamento dos seus órgãos, organismos e estruturas.

 

Para o líder do MPLA, a ausência de uma boa organização pode afetar negativamente o desempenho do partido, considerada “a peça chave” para o êxito nas próximas eleições, que terão como cabeça-de-lista pelo círculo nacional o general e ministro da Defesa, João Lourenço.

 

Principalmente agora que nos aproximamos a passos largos das eleições gerais, que vão determinar o futuro da nação, nos próximos anos”, apontou José Eduardo dos Santos.

 

“O que pretendemos com esta estruturação é pois garantir maior eficácia, otimização, na execução das nossas tarefas partidárias e/ou aumento dos índices de confiança do partido por parte dos eleitores em geral”, frisou.

 

Sobre os eventuais ajustamentos a introduzir na lista de candidatos a deputados nas eleições gerais deste ano, na reunião deverá ser aprovada uma resolução que vai dar competência ao Bureau Político para o afeito.

 

Não iremos proceder à alteração dos candidatos constantes da lista já aprovada pelo Comité Central, mas tão-somente conferir ao Bureau Político, a competência através de uma resolução, aprovada pelo Comité Central, para que ele efetue eventuais ajustamentos na sua ordem de precedências, os quais podem ser ditados por fatores imponderáveis, como por exemplo, a morte, a doença ou mesmo a desistência de uma das candidaturas, etc…”, explicou.


“Devemos pois encarar um eventual reposicionamento dos candidatos como uma questão meramente estratégica do partido, cujo objetivo fundamental é vencer as eleições gerais”, acrescentou.