Luanda - A UNITA nega que o partido tenha dado indicações a um militante para fazer dois registos, como referiu na quarta-feira o Secretário para os Assuntos Institucionais, Adão de Almeida.

Fonte: RA

O caso foi apresentado recentemente pelo principal partido da oposição como exemplo da falta de transparência do registo eleitoral.


Em declarações ao Rede Angola, e reagindo à revelação do Ministério da Administração do Território, (MAT), o secretário para os Assuntos Eleitorais do “Galo Negro” justificou o duplo registo com uma falha técnica.


Segundo Vitorino Nhany, o cidadão em causa tratou de dois cartões de eleitor porque foi instruído pelo técnicos de um dos postos de registo eleitoral do município da Quissama, em Luanda.


“Ele tratou do seu cartão de eleitor na Quissama, mas por causa de avarias técnicas do próprio sistema, a uma determinada altura foi aconselhado a tratar um outro cartão porque aquele não era fiável. Foi assim que, passado algum tempo, dirigiu-se a uma outra brigada e tratou um outro”, esclareceu.


Vitorino Nhany afirmou que o seu partido espera que haja transparência no processo eleitoral e que, por essa razão, tem estado a solicitar reuniões técnicas para debater o assunto, mas nunca as preocupações foram atendias pelo MAT.


“A UNITA, como parte interessada do processo, espera que o mesmo seja analisado de forma objectiva para que se preste um relatório realista ao senhor Presidente da República a fim de que não seja induzido em erro de estarem reunidas as condições. Porque o processo está carregado de tamanhas infracções e, uma vez não corrigidas, podem ditar um resultado contrário ao da vontade do soberano, o que se enquadraria num fórum criminal”, argumentou.

Ontem, em conferência de imprensa, o mesmo Vitorino Nhany lembrou que o próprio secretário de Estado Adão Almeida admitiu existirem pelo menos 300 casos de duplo registo