Luanda - A malária causa anualmente em Angola a morte a quase nove mil pessoas. E cerca de três milhões de casos são registados todos os anos. Esta terça-feira em Luanda, e à margem das celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Malária, Rafael Dimbo, coordenador-adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária, confirmou que a doença continua a ser a principal causa de morte no país.

Fonte: Lusa


Segundo Dimbo, as zonas do norte de Angola continuam a ser as mais afetadas devido às suas características geográficas, apontando como regiões mais endémicas as províncias de Cabinda, Zaire, Uíge, Cuanza Norte e Cuanza Sul, Malange, e as Lundas Norte e Sul.

 

O diretor-adjunto do programa recordou ainda que em 2003 o país chegou a registar por ano cerca de 40 mil mortes, mas os números baixaram ao longo dos anos. “O último trimestre de 2015, mais o primeiro semestre de 2016, foi um período para esquecer, e enfrentámos aquela enorme crise que ceifou muitas vidas. Mas [o Programa Nacional de Controlo da Malária] foi um grande êxito”, frisou, sem indicar números.

 

O Dia Mundial de Luta Contra a Malária, comemorado este ano sob o lema “Acabar com a Malária para Sempre”, está a ser assinalada em conjunto com a República da Namíbia, ao longo da fronteira entre os dois países, envolvendo as localidades de Namacunde, província angolana do Cunene, e de Enguela, na Namíbia.

 

Os ministros da Saúde dos dois países, o angolano Luís Gomes Sambo, e o namibiano Bernard Haufiku, coordenam as atividades, que contam igualmente com a presença de parceiros na luta contra a malária, nomeadamente o Fundo Global, a Organização Mundial da Saúde e a Iniciativa Presidencial Americana contra a Malária.

 

O programa de atividades prevê a apresentação da situação do paludismo em Angola e perspetivas de controlo, o lançamento da segunda fase de distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida de longa duração nas unidades sanitárias, bem como uma visita à feira da malária.