Luanda - A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, optou por "não publicitar" a sua lista de candidatos a deputados nas eleições gerais de 23 de agosto próximo, para não "criar expectativas".

Fonte: Lusa

A informação foi divulgada por Estevão Cachiungo, mandatário da UNITA no processo de candidatura às eleições gerais, formalmente entregue hoje ao Tribunal Constitucional.

 

Estevão Cachiungo disse que foi formalizada a candidatura do líder do partido, Isaías Samakuva, como cabeça da lista da UNITA, candidato à Presidência da República, informando que de acordo com o estatuto daquela força política, é ao presidente que cabe escolher o seu vice-Presidente, "isto já aconteceu no congresso".

 

"A questão da candidatura da UNITA não é um problema das listas, no que diz respeito ao cabeça de lista e o vice-Presidente é um problema dos seus estatutos e isto já está esclarecido há muito tempo", frisou.

 

Relativamente à lista de candidatos (círculos nacional e provinciais) a deputados nas eleições deste ano, o político referiu que a mesma deve ser validada pelo tribunal, daí que o partido preferiu não a divulgar antes disso.

 

"Ai de nós termos criado expectativa num jovem, num cidadão, de que está nas listas da UNITA, mas depois o tribunal, por uma razão qualquer, não valida, a partir daqui nós vamos esperar que o tribunal nos dê um sinal", disse.

 

O também deputado da UNITA avançou que o partido abriu as suas listas a independentes, estando a sociedade civil "bem representada" na mesma, bem como a juventude, "porque representou uma grande força durante os últimos cinco anos".

 

A juventude "representou na perspetiva do entendimento da mensagem da UNITA, do futuro, da mudança, a juventude correspondeu, e merece ter um lugar no órgão que vai definir os passos e as cadências que Angola vai ter nos tempos futuros", disse o mandatário, realçando que as mulheres também estão bem representadas nas listas.

 

"O país vai ter nas bancadas parlamentares da UNITA, um grupo que vai servir a pátria, a estabilidade e, sobretudo, vai projetar o sonho dos angolanos para o futuro", salientou.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, convocou por decreto presidencial de 25 de abril, as eleições gerais em Angola para o dia 23 de agosto próximo.