Luanda - Foi com comovida tristeza que o Bloco Democrático - BD, tomou conhecimento do passamento físico de um dos grandes mestres da cultura nacional na arte da música do instrumento hungu, o Mestre Kamosso. Mestre Kamosso, verdadeira biblioteca viva nacional, veio ao mundo em 1920, na região de Icolo e Bengo, onde também aprendeu a sua arte ainda em criança até ao seu último suspiro aos 97 anos de idade em Catete.
Fonte: BD
O Mestre Kamosso faz parte da memória de muitos angolanos que o viram e escutaram a tocar e a cantar com o seu hungu, por toda Icolo e Bengo e Luanda. A sua fama estende-se mesmo na Quissama onde é apreciado pela sua mestria.
Neste momento de desaparecimento, queremos nós Bloco Democrático, manifestar a nossa comovida soliariedade com os familiares e apelar a todo o povo angolano, à juventude em particular e aos membros, amigos e simpatizantes do BD a participarem no seu funeral que terá lugar amanhã dia 3 de Maio em Catete, pela tarde.
A perda de Mestre Kamosso mostra mais uma vez a forma calamitosa como o MPLA JES JLO gerem o dossier da cultura nacional e as bibliotecas vivas de Angola. O BD considera que sabendo o Ministério da Cultura e o executivo do MPLA, do estado de saúde debilitado do Mestre Kamosso há já muito tempo - com recorrentes apelos de apoio médico nos jornais, tinha obrigatoriamente que ter tido um acompanhamento médico diário cuidado que não foi fornecido acabando por perder a vida este sábado passado após longo sofrimento.
A sua arte sabemos que fica em boas mãos pois a juventude está atenta ao legado do Mestre Kamosso e saberá dar continuidade à arte do hungu. A imagem do Mestre Kamosso, como grande artista, jamais se apagará das nossas memórias.
Honras, homenagem e luto, choremos pois o Mestre Kamosso se foi.
LIBERDADE, MODERNIDADE E CIDADANIA
Luanda, 02 de Maio de 2017
