Luanda - O Tribunal Constitucional iniciou esta semana a receber as candidaturas dos partidos políticos para as próximas eleições, numa altura em que a UNITA volta a condicionar o processo alegando razões políticas e falta de transparência. Para falar sobre o assunto, ouvimos Victorino Nhany, secretário da UNITA para assuntos eleitorais, Carlos Ferreira Pinto, mandatário do MPLA, Adão de Almeida, secretário de estado para os assuntos institucionais e Marcy Lopes, director do gabinete dos partidos políticos do tribunal constitucional.

Fonte: VOA

A corrida às eleições em Angola registou mais um virar de página, no princípio desta semana, com a abertura das candidaturas dos partidos políticos legalmente constituídos para submeterem-se ao voto popular, previsto para o próximo dia 23 de Agosto.


O primeiro dia ficou marcado com a entrega dos processos dos dois principais partidos rivais, no caso o MPLA e a UNITA, que revelaram estarem preparados para enfrentar a vontade dos angolanos.


A expectativa sobre quem iria dar entrada primeiro, também foi um dos factos que animou as movimentações junto do tribunal constitucional, sendo que UNITA alegou que aquela instância judicial beneficiou o partido no poder para ser o primeiro, para publicitar o facto junto dos órgãos de comunicação social, numa altura em que os seus mandatários, quando se deslocaram ao tribunal nas primeiras horas do dia, não foram admitidos a proceder a entrega dos processos antes dos mandatários do MPLA.


Ainda assim, os mandatários dos dois maiores partidos em Angola, garantiram terem cumprido com os requisitos mínimos exigidos pelo tribunal constitucional.


Esta semana ficou, também, marcada com a entrega junto da Comissão Nacional Eleitoral, do ficheiro informático definitivo de cidadãos maiores do registo eleitoral, uma tarefa que foi conduzida pelo ministério da administração do território, perante o total descontentamento dos partidos politicos na oposição.


Também esta semana, a UNITA veio, novamente a público alegar que as tecnologias que estão a ser utilizadas neste processo, não garantem transparência, nem segurança, porque agridem o propósito de um estado de direito.


O secretário para os assuntos eleitorais do partido do galo negro, Victorino Nhany, afirmou que as condições políticas para as eleições em Angola, não estão reunidas.