Zaire - Porquê se deve dar mais uma oportunidade ao MPLA para formar governo. A questão que levanto e que já tem sido levantado por muitos, é uma questão tão simples, mas que requer muita precaução para ser respondida. Pois a experiência governativa não pode ser um elemento fundamental para se concluir, que o partido político x terá insucessos ou sucessos se formar novamente o governo. E os quadros que um partido político tem, nem sempre podem ser considerados como um elemento fundamental para o sucesso ou insucesso deste ou daquele partido politico se formar o governo.

Fonte: Club-k.net

Se sê perguntasse a um líder de PRS, porque se deve optar pelo PRS para formar governo e não o partido x ou y, poderia dizer, porque eles têm um programa que responde os problemas que se vive no país e que farão o melhor. Se sê perguntasse a um líder da CASA-CE, porque se deveria optar pela CASA-CE para formar governo e não o partido x ou y. A resposta deste líder partidário poderia ser, porque a CASA-CE tem um programa e têm quadros com capacidades, para formar um governo que fará o melhor para o povo. Se sê colocassem esta questão tanto a UNITA e a FNLA, a resposta seria quase a mesma de outros partidos políticos. Embora reconhecendo que tanto a FNLA e o PRS estão a um passo atrás em comparação ao MPLA, a UNITA e a CASA-CE. Mas entre os partidos políticos que concorrem para as próximas eleições, só o MPLA tem experiência governativa como tal... essa pode ser uma vantagem e desvantagem que o MPLA tem em comparação a outros partidos políticos concorrentes.

 

O MPLA tem um tempo de governação do país, que se deve a factores bem conhecidos... tem um passivo. Então, quando se apresenta nas eleições além das novas propostas que propõe aos eleitores, mas carrega consigo um passivo. Por isso entre um partido político que já sustentou um governo e um partido político que nunca sustentou um governo, no acto da campanha eleitoral quem tem uma tarefa mais facilitada, é o partido político que nunca sustentou um governo. Pois o que alguma vez já sustentou um governo tem um passivo, e esse passivo pode favorecê-la caso seja bem fundamentada e pode ser prejudicial ao mesmo caso não seja bem fundamentada.

 

Logo é errado se pensar que quem parte nas eleições, depois de ter sustentado um governo, antes do acto eleitoral que concorre, tem a tarefa mais facilitada, pois ele tem uma tarefa mais difícil em função do passivo do mesmo. Entretanto uns não se apercebendo desse ponto ficam todos dias e noites chorando dizendo: "tudo é mbora deles! assim vão mbora ganhar mais!". Sem saberem que quem eles dizem que "tudo pertencer a ele, e que assim vai mbora ganhar! tem uma tarefa mais difícil que eles nas eleições... pois tem um passivo...

 

Então, porquê se deve dar mais uma oportunidade ao MPLA para formar governo? Responder está questão, dizendo, porque o MPLA tem experiência governativa, não é uma resposta tão sólida. Responder está questão, dizendo, porque o MPLA tem quadros capacitados, não é também uma resposta sólida. Porquê? Porque o MPLA tem um passivo... e é o único partido político angolano que já governou e governa o país. Responder essa questão dizendo, porque o MPLA tem um melhor programa, não seria a resposta mais sólida para está questão, pois antes deste programa, já houve programas anteriores que sustentaram os mandatos passados.

 

Se a experiência governativa não é um elemento chave para se decidir quem irá representar o povo, pois cada governação ocorre em uma determinada conjuntura. E ter quadros não é um factor chave para se decidir que quem irá representar o povo, pois há questões que transcendem os próprios...

 

Então qual seria a resposta mais equilibrada para a questão... porquê se deve dar mais uma oportunidade ao MPLA para formar governo? Essa resposta se encontra na máxima do MPLA, que diz: "melhorar o que está bem e corrigir o que está mal", porquê? Porque, nesta máxima há uma dose de responsabilidade e uma vontade do MPLA para fazer mais melhor. Quer dizer, quando o MPLA diz: corrigir o que está mal", ele assume as responsabilidades que cabe a ele, pois reconhece mesmo com a experiência governativa acumulada, mesmo com os quadros que têm, nem tudo correu as mil maravilhas. E quando diz: "melhorar o que está bem", implica dizer, não só se limita a reconhecer ou a assumir as responsabilidades que a ele cabem, mas se compromete a fazer mais melhor, melhorando o que está bem.

 

O candidato do MPLA a presidente da Republica tem usado um discurso que vai de encontro com a resposta mais equilibrada que apresento a questão: "porquê se deve dar mais uma oportunidade ao MPLA para formar governo".

 

Pois o mesmo não enterra a cabeça na areia, mas dá cara aos problemas, e interage com quem detém o poder (povo), de modo que ele proponha as modalidades pelas quais se deve resolver os problemas. Em Cuanza Norte, o mesmo apelou ao povo para que não se limitasse nos elogios, mas que falasse dos problemas candentes do seu dia-a-dia, e que também propusesse as modalidades que se poderia dar o tratamento do problema x ou y. Este discurso, que apela ao cidadão de modo que seja um participe no sentido real da palavra. É um apelo para que o cidadão exerça a democracia participativa no sentido real.

 

Enfim se deve dar mais uma oportunidade ao MPLA para formar governo, pois o MPLA se predispõe a corrigir o que está mal e a melhor o que está bem. Mas na materialização deste proposito se predispõe a trabalhar para o povo e com o povo. Por isso o candidato a presidente da República João Lourenço disse ao povo: "não se limitem nos elogios, mas que falem dos problemas e que proponham as modalidades de como se resolverá o problema x ou y.

 

Enfim, se nota que há sinceridade nos pronunciamentos do candidato do MPLA à presidente da República, pois não enterra a cabeça na areia, mas dá a cara aos problemas... e aponta as reformas que terão que ser feitos para que o país se torne num lugar próspero de modo com que essa prosperidade tenha um reflexo na vida de todo Mwangolé. Mas para a materialização destes propósitos, se predispõe a trabalhar para o povo e com o povo, melhorando o que está bem e corrigindo o que está mal.