Luanda - Não existe dúvida alguma que o regime sustentado pelo MPLA fulminou com um tiro certeiro o âmago sensorial da igreja, com o único objectivo de enfraquecê-la e torná-la vulnerável para impedi-la de movimentar-se em múltiplos apoios que eventualmente pudessem ser contrários a criação do regime expansionista idealizado pelo ditador José Eduardo dos Santos, há 38 ininterruptos anos no poder.


Fonte: Club-k.net

A igreja apesar subserviente e fortemente debilitada, mesmo ferida de morte e ter perdido a sua sabedoria milenar, ela pôde e fará com toda certeza a diferença. A igreja pôde até ter perdido a direcção certa e habitar na temporariamente na escuridão, ela vai com toda certeza despertar do sono do tempo e fazer a diferença no xadrez político-social angolano.


O despertar da igreja é inevitável, está escrito que tudo o que vem de Deus a Deus pertence, quero afirmar que a igreja angolana jamais terá como deus um simples e mero ditador mortalmente atingido pelo câncer da vida terrena. A natureza da igreja de Deus é pendor divino e está contaminada pela essência purificante do sobrenatural. Só quem vem de Deus e está com Deus entende que o autor e consumador da nossa fé é o senhor Jesus que nos transformou na sua morada enquanto igreja somos na terra. Pretendo aclarar que existe um consenso é hermenêutico, que a salvação vem pela fé e por sua vez a fé provem do ouvir a palavra de Deus. igreja é de Cristo Jesus, e sem Ele não há salvação para nenhum mortal.


Por outro lado, a igreja mesmo cega, fraca, frágil e pecadora já percebeu que Angola é considerada pela militância dos CAPs como o seu olimpo e que o seu deus se chama José Eduardo dos Santos, esse não é o Deus abençoador e pai de Cristo Jesus, ademais nós os cristãos não cremos que o (VERMELHO DA BANDEIRA DO MPLA) significa o sangue de Cristo vertido na cruz no monte das caveiras, somente um tolo doente feito reverendo mentiroso bajulador pensa e fala tais bojardas tagareladas.
 
 
É sim verdade que a igreja de hoje foi transformada numa igreja antropocêntrica, de igual modo é também verdade que ela colocou no seu centro o homem, afastou-se extemporaneamente de Deus e distorceu os fundamentos teológicos expressos nos evangelhos, constituindo-se numa organização condescendente e obediente aos epítetos do regime. Não se pôde com rigor anular o ilustrativo exacerbo neopentecostal da igreja evangélica, nem tão pouco ignorar a existencial intempestividade autoral dos arautos propagadores da teologia Arminiana e/ou Calvinista, que defendem com elevado espírito determinista a teologia da predestinação.


O clero nas suas preleções tem um discurso afinado, e estritamente dinheirista. Não é exagero nenhum afirmar sem medo de errar que o sacerdócio eclesiástico está de cócoras e de mãos estendida em direcção a cidade alta como faria um pedinte qualquer que suplica e busca por facilitadas benesses.


Mesmo com um acordo de silencio consertado entre o MPLA e a igreja, esse perigoso pacto ajuda de sobremaneira a desvendar o perigo que a igreja corre caso prolongue essa aliança nociva de compadrio indecente e se mantenha fiel ao regime obsoleto do ditador despótico angolano. JES pôde até sair da presidência da república, mas o regime criado por ele vai permanecer, e com total certeza esse regime anacrónico seguramente ruirá, e com grande estrondo despedaçar-se-á.


É vergonhosa a parceria que a igreja mantém com o regime mais vil e corrupto de África. Essa mesma África, que em tempo de recuperação da sua imagem e dignidade, busca a modernidade corporativa empreendedora para solidificar nas suas politicas-publicas de integração social. A igreja através dos seus altos dirigentes adotou o estilizado modus operandi caótico de subordinação ao poder para em troca obter os favores que o grande capital lhe proporciona para deleite dos dirigentes e subordinados comprometidos.

 
Infelizmente temos uma igreja que se encontra totalmente de cócoras, miserável, fraca, fragilizada e pecaminosa, que de mãos estendidas para a cidade alta, suplica por quaisquer 30 moedas ao seu novo deus, o ditador José Eduardo dos Santos. Mesmo havendo diferenciações nos dogmas e ritos das igrejas, elas deveriam no mínimo assumir teologicamente um conceito hermenêutico único aceitável.