Luanda - A CNE hoje 09 de Maio de 2017, no decurso da tensa, muito tensa ou mesmo atribulada reunião de 03 (três) horas convocada na sua Sede, de sua iniciativa, sob pressão e forçada pela evolução da situação na sequência das denúncias levadas a público na última Conferência de Imprensa conjunta dos partidos na oposição, no Epic-Sana, onde levantaram-se suspeitas sobre a contratação de empresas que terão a responsabilidade de cuidar da administração e mecanismos intervenientes no processo de votação das próximas eleições, deixou parecer que é mais um instrumento do MPLA para atingir objectivos inconfessos.

Fonte: Facebook

UM PROCESSO ELEITORAL ALTAMENTE VICIADO

Como dizia, a CNE foi apanhada com as calças nas mãos. Não se trata de animosidade verbal, mas nãomerece outro tratamento muito pelo comportamento no mínimo suspeito da CNE caracterizado por mentiras; contradições declarativas em violação à Constituição e às leis; manipulação; indiciamento de contratos públicos bidões, ou seja, que nunca existiram correlação à adjudicação de contratos milionários à empresas que finalmente pertencem directa ou indirectamente ao MPLA e cuja memória remonta aos tristes episódios das eleições de 2008 e 2012 altamente contestadas.


Hoje, a conclusão a que chegamos é realmente a de o Povo Angolano estar a ser muito mal governado e, praticamente na esteira do que dissera o Actor Inglês Bob Geldof quando em Portugal destratou os governantes angolanos face aos dramas que assolam os angolanos por mera irresponsabilidade dos governantes.


A introdução intimidatória do Presidente da CNE André da Silva Neto que logo de inicio reprovou e considerou de provocatória a iniciativa dos partidos em convocarem a Conferência, não abalou, nem tão pouco refreou a determinação de Abel Chivukuvuku pela CASA-CE, Raúl Danda da UNITA, Lucas Ngonda da FNLA, Benedito Daniel pelo PRS e outros intervenientes que barraram de forma desapaixonada a explanação do assessor técnico da CNE que, sinceramente, foi um desastre.

 

A CNE caiu em descrédito e graças a Paulo Cassoma, Secretário Geral do MPLA que se fez presente, apercebendo-se do encurralamento a que se encontrou a CNE, propôs como deliberação que André Neto convoque para amanhã quarta feira uma Plenária para repor a verdade, na medida em que há muita sujeira escondida, o que levou Abel Chivukuvuku a ameaçar impugnar as empresas em questão junto da Justiça dos respectivos países.

 

TRANSPARÊNCIA É O MINIMO QUE A OPOSIÇÃO EM NOME DO POVO SOBERANO EXIGE E QUE A CNE EM NOME DO MPLA E DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS REJEITA.