Lubango - As principais forças políticas na província angolana da Huíla apostam na conquista do maior número de deputados nas eleições de 23 de Agosto.

*Teodoro Albano
Fonte: VOA

Observadores são unânimes em admitir uma maior disputa eleitoral no escrutínio, embora coloquem o MPLA numa posição privilegiada, sobretudo pela máquina do Estado que tem a seu favor e o controlo que exerce sobre a imprensa.

 

A UNITA projecta uma maior controlo do voto através da criação de uma base de dados.

 

“Vamos criar uma base de dados que nos possa permitir ter uma ideia aproximada do rácio entre os votos já assegurados e quantos mais precisamos de conquistar para ganhar os cinco mandatos do círculo provincial da Huíla”, revelou o secretário provincial, Alcibíades Kopumi.

 

O partido no poder, por seu lado, quer repetir o resultado das últimas duas eleições em que conseguiu assegurar os cinco mandatos da província no Parlamento.

 

O primeiro secretário do MPLA, João Marcelino Tchipingui, acredita que com trabalho, é possível conquistar os cinco mandatos.

 

“Em 2008 conseguimos cinco deputados, em 2012 conseguimos cinco deputados eestamos prontos conseguirmos também cinco deputados. Claro, os deputados não se conseguem por uma simples sorte, é preciso trabalho”, sublinhou Tchipingui.

 

Para o padre e jornalista, Jonas Pecheco Simão, a tarefa do MPLA em ambicionar legitimamente grandes voos eleitorais em Agosto não se afigura fácil, num mandato marcado por muita contestação.

 

“A Huíla tem muitos problemas, muitas dificuldades e às vezes depois das eleições as pessoas é como que ficam esquecidas. Eu diria que os últimos quatro anos foram tudo menos bons. Não deixaram boas recordações, isto mesmo devido a crise económica. O desemprego aumentou a delinquência aumentou”, disse Simão.

 

Dados apontam para a existência de mais de 900 mil eleitores na província da Huíla.