Luanda - O Governo angolano vai gastar mais de nove milhões de euros com o inquérito estatístico para atualizar o índice de preços e avaliar o setor informal do país, segundo uma autorização presidencial a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira.

Fonte: Lusa

De acordo com um decreto do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de final de abril, o Inquérito sobre Receitas, Despesas e Emprego em Angola será realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), obrigando à abertura de um crédito suplementar ao Orçamento Geral do Estado para este ano.

 

Só entre janeiro e dezembro de 2016, a inflação em Angola disparou mais de 40%, devido às crises financeira, económica e cambial decorrentes da quebra na cotação internacional do barril de petróleo.

 

O estudo em causa vai ainda analisar o consumo das famílias e custará aos cofres do Estado, segundo esta autorização presidencial, mais de 1.650 milhões de kwanzas (9,1 milhões de euros).

 

O diretor-geral do INE, Camilo Ceita, informou em abril passado que este inquérito terá a duração de um ano, mas não referiu quando começará. O responsável acrescentou que o INE beneficiou em dezembro do ano passado de um financiamento do Banco Mundial, de mais de 55 milhões de euros, que vai permitir nos próximos cinco anos desenvolver vários projetos estatísticos.

 

Sobretudo na estratégia de desenvolvimento estatístico 2015/2025. Nós sabemos que temos de dar suporte de informação estatística para planos de desenvolvimento que Angola tem e sobretudo para alimentar também a estratégia Angola 20/25″, frisou Ceita.