Luanda - Setenta mil mulheres morrem em cada ano por aborto a nível mundial, sendo que na maternidade Lucrécia Paim os abortos inseguros atendidos constituem cerca de quinze porcento dos óbitos, informou hoje, quinta-feira, em Luanda, o médico ginecologista e obstetra, Pedro de Almeida.

Fonte: Angop
O responsável que falava durante a sua apresentação no "XX Conselho Consultivo Nacional da Família", sob o lema " Promovamos os Direitos e as Responsabilidades das Famílias para o Desenvolvimento Sustentável"  avançou que em cada ano 96 porcento dos abortos inseguros ocorrem nos países mais pobres dos quais 58 por cento ocorrem em África.

 

Segundo o médico, o aborto pode ser provocando ou espontâneo e pode causar de 50 mil à 100 mil mortes fetas  anualmente, causando sérias complicações.

 

Pedro de Almeida explicou que o aborto pode provocar complicações designadamente perfuração do útero, infecção provocando infertilidade, perigo de lesão no intestino, bexiga, trompas, ovários e outros órgãos e em algumas situações a remoção do útero bem como a morte da mulher.

 

"É fundamental a educação para a vida familiar, educação sexual nas escolas, igrejas, nas organizações juvenis, informação nos mas média e o planeamento familiar para que se evite a gravidez indesejada", aconselhou.

 

Apelou às mulheres a acirrem o programa de planeamento familiar para a prevenção usando os métodos contra sépticos designadamente a camisinha, pílulas, injeção depo, dispositivo uterino, implante, contracepção de emergente como também a abstinência.

 

Serão debatidos temas agrupados em quatro painéis, sendo o primeiro direitos e responsabilidades da família e do estado na Protecção social, família e a educação sexual e reprodutiva, anti projecto do código da família em Angola bem família e os direitos de cidadania.

 

Participam neste conselho consultivo da Família, a vice governadora de Luanda, Juvelina Imperial, em representação do governador da província de Luanda, Higino Carneiro, a secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher, responsáveis, quadros, técnicos e consultores da estrutura central do ministério, bem como os directores provinciais da Família e Promoção da Mulher, convidados dos diversos órgãos.