Washington - Um grupo de investidores norte-americanos e técnicos da Unidade Técnica de Investimento Privado (UTIP) reúnem-se nos dias 15 e 16 de Junho próximo, na cidade de Washington, para assinarem um memorando de entendimento de projectos já seleccionados, que visam impulsionar em Angola, os sectores financeiro, da agricultura e do transporte, revelou a presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos da América(EUA)-Angola.

Fonte: JA

Maria da Cruz, que falava a propósito das relações comerciais entre os dois países referiu que o encontro demonstra o interesse dos investidores norte-americanos no mercado angolano e a existência de inúmeros projectos viáveis. Para o efeito, disse, já foram angariados acima de dois mil milhões de dólares.


“Existe o interesse em diversificar a economia angolana com a potencialização de outras fontes de rendimentos existentes no país, como por exemplo o café, que nesta fase o preço no mercado internacional supera o barril do petróleo”, disse.


Maria da Cruz lembrou que a promoção do investimento passa também pelo bom ambiente de negócio. Anunciou que a Câmara de Comércio EUA-Angola tem prevista a realização de um seminário anti-corrupção e sobre boa governação e, juntamente com o Banco Nacional de Angola trabalha na organização de uma conferência sobre o acesso ao mercado internacional. “Esperamos com esta conferência levar investidores estrangeiros para partilharem a sua experiência no mercado internacional, sobretudo em termos de incentivo ao investimento e legislação”, disse.


Com a baixa do preço de petróleo o principal produto de importação da economia angolana no mercado internacional, Maria da Cruz avançou que em parceria com instituições governamentais angolanas tem estado a promover junto do empresariado norte-americano as potencialidades existentes em Angola para a diversificação da economia. “Mobilizamos um grupo de financiadores interessados em projectos de agricultura, infraestruturas, e demais áreas com potencial existentes em Angola”, disse.


Maria da Cruz mencionou que o crescimento da economia angolana baseia-se nas pequenas e médias empresas, e sublinhou disse que é fundamental apoiar o seu crescimento e desenvolvimento. Apontou entre as dificuldades de parceria entre empresas dos dois países, alguma falta de conhecimento da parte das empresas angolanas sobre as principais motivações dos parceiros. Salientou que o investidor americano é dos mais sérios que existem, “pois além de investirem no país investem também no potencial humano”.


Criada em 1980, a Câmara de Comércio EUA -Angola tem como propósitos principais promover o comércio e o investimento norte-americano em Angola. O apoio ao desenvolvimento económico do país, com incentivo à parceria entre empresas dos dois países também faz parte da sua acção.