Luanda - A África tem sido um continente flagelado por diversos problemas, como são o elevado grau de analfabetismo, os baixos índices de desenvolvimento humano, a fome e as altas taxas de mortalidade infantil e mortalidade materna.

Fonte: Club-k.net

Declaração sobre o Dia de África

Embora a escravatura, o colonialismo e o apartheid tenham ficado para trás, o continente negro ainda é marcado por altos níveis de obscurantismo político, sociedades com elevados déficits democráticos, baixa participação do cidadão no controle da gestão da coisa pública e elevados níveis de corrupção a par de um aumento do fosso que separa os ricos dos pobres do continente.

 

No início dos anos 60 do século passado, o esforço de vários grupos africanos acabou por levar à criação da Organização de Unidade Africana. Vale a pena lembrar: o Grupo de Casablanca, o Grupo de Brazzaville, o Grupo de Monróvia, o Grupo de Lagos e o Movimento Panafricano de Libertação da África Oriental.

 

No dia 25 de Maio de 1963, foi instituída a Organização da Unidade Africana. Lembramos a todos os angolanos que nessa altura, foi criado o Comité de Libertação da África que foi presidido pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi que na altura era Ministro dos Negócios Estrangeiros do GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio).

 

De entre os objectivos ambiciosos que, na altura, os pais fundadores da Organização de Unidade Africana definiram como sendo aqueles que livrariam a África do marasmo, destacavam-se os seguintes:

 

A promoção da unidade e solidariedade entre os estados africanos;

 

A coordenação e intensificação da cooperação ente os Estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os seus povos;

 

A defesa da soberania, da integridade territorial, e da independência dos territórios africanos que então eram colónias europeias;

 

A erradicação de todas as formas de colonialismo em África;

 

A promoção da cooperação internacional respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; 1


f. A coordenação e a harmonização das políticas dos estados membros da Organização de Unidade Africana nas esferas política, diplomática, económica, educacional, cultural, da saúde, do bem-estar, da ciência, da técnica e da defesa.

 

Os conflitos políticos e militares que assolam alguns Estados de África, alguns deles motivados por problemas mal resolvidos, pela injustiça e ganância das lideranças, clamam por soluções políticas definitivas, que projectem o Continente berço para novos patamares e abram caminho para a consolidação da democracia e desenvolvimentos dos Povos.

 

É por isso que hoje, por ocasião do Dia de África, impõe-se fazer uma reflexão sobre o nosso passado, com vista a conseguirmos um futuro melhor para o continente africano. Nesses termos,

 

A UNITA rende a sua singela homenagem aos pais fundadores da África cujo esforço permitiu a criação da Organização da Unidade Africana, precursora da União Africana, entre os quais, o ganês Kwame Nrumah, o queniano Jomo Kenyatta, o maliano Modibo Keita, o egípcio Gamal Abdel Nasser e o imperador da Etiópia Hailé Selassié.

 

A UNITA reitera a sua adesão aos ensinamentos do seu Presidente fundador dr. Jonas Malheiro Savimbi, sobre a necessidade de luta permanente a favor da liberdade, da democracia e do desenvolvimento da África.

 

A UNITA acredita na actualidade dos princípios da dignidade e da valorização da África. A UNITA acredita que não existe nenhum fatalismo a condenar eternamente a África à miséria.

 

A UNITA exorta todos os angolanos a darem o seu contributo para a transformação do continente africano, pois a luta contra o subdesenvolvimento é um desafio que está inteiramente ao alcance dos filhos de África.

Viva a África
Viva a Unidade Africana
Viva a dignidade dos povos africanos

Luanda, 24 de Maio de 2017

Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA