Luanda - A manifestação convocada para sábado pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), para exigir eleições gerais transparentes, vai ter segurança garantida pela polícia, anunciou hoje o maior partido da oposição em Angola.

Fonte: Lusa

Segundo informação prestada pelo líder da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, foram endereçadas informações sobre a manifestação a três órgãos de autoridade, tendo decorrido hoje um encontro de representantes do partido com a Polícia Nacional da capital angolana.

 

"Hoje de manhã teve lugar um encontro entre o comando da polícia de Luanda e os organizadores e definiu-se o itinerário", disse o deputado e dirigente do partido, que falava em Luanda, à margem da apresentação do manifesto eleitoral da UNITA.

 

Em Luanda, a manifestação vai partir da zona do mercado dos congolenses até à praça 1.º de Maio, igualmente conhecida como a Praça da Independência, com concentração marcada para as 13:00 de sábado, protesto que a UNITA quer replicar em várias capitais de província.


"Temos a esmagadora maioria das províncias com tudo regular, mas os intolerantes, nomeadamente Cunene e Bié, proibiram a manifestação e neste aspeto queremos ver o que é que as forças ligadas à manutenção da ordem e os tribunais vão também poder dizer", criticou.


Adalberto da Costa Júnior considerou "uma vergonha" a existência de "pessoas intolerantes".


A UNITA anunciou na segunda-feira a realização de uma manifestação nacional para exigir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) inicie novo processo contratual das empresas para prestar apoio tecnológico às eleições gerais, agendadas para 23 de agosto.


Em causa estão alegadas ilegalidades no procedimento contratual de duas empresas, SINFIC, portuguesa, e INDRA, espanhola, para a elaboração dos cadernos eleitorais e o credenciamento dos agentes eleitorais e o fornecimento de material de votação e da solução tecnológica, respetivamente, e que já participaram nas eleições de 2012.


Adalberto da Costa Júnior referiu que a UNITA informou os outros partidos da oposição, que também já manifestaram insatisfação com o decorrer do processo, sobre a sua intenção de realizar a manifestação.