Luanda  - Ouve-se, amiúde, que Angola, particularmente Luanda, regista um aumento incontrolável de viaturas nas estradas, daí que os residentes da cidade capital tenham que enfrentar as filas intermináveis de carros um pouco por todas as artérias de Luanda. Mas, espera, será que o “excesso” de automóveis nas estradas é o motivo principal dos congestionamentos na Kianda? Se pensarmos que sim, seguramente, estaremos a combater o “inimigo” errado!
 
Fonte: Correio da Semana
 
As estradas de Luanda apresentam um estado de degradação inaceitável para uma capital, em parte, devido à falta de construção de infra-estruturas sólidas. Durante muitos anos, o ex-ministro da Construção, Waldemar Pires Alexandre, foi um autêntico colecionador de infelicidades, atrasando o processo da construção do BRT para mitigar os problemas no trânsito. 
 
 
Com a nomeação de Artur Fortunato para a Construção, perspectivava-se uma melhoria do ponto de vista procedimental, no entanto, Artur demonstra pouca criatividade e alguma lentidão relativamente à implementação de projectos no sentido de acabar com os problemas que os populares enfrentam diariamente quando se fazem às estradas. 
 
 
A construção do BRT, bem como o combate à edificação de estradas sem valas de drenagem devem ser as prioridades do ministro da Contrução, do contrário, é melhor que peça demissão, pois os angolanos precisam de um dirigente que inove e não de outro que repita as asneiras de um antecessor que pouco ou nada fez para responder às necessidades dos cidadãos angolanos.
 
Sabe-se que Angola, neste momento, vive uma crise financeira, económica e cambial, o que condiciona a realização de projectos, porém, o que por um lado “impossibilita” o ministro de avançar com os objectivos preconizados, por outro, revela a sua personalidade, ou seja, é necessário que um ministro faça mais com menos, sem que o produto final seja precário. Portanto, Artur Fortunato tem uma longa caminhada pela frente, o Correio da Semana estará aqui para criticar por forma a ajudar o ministro na sua empreitada, e para exaltá-lo quando merecer.