Lisboa –  Três altos responsáveis dos órgãos de defesa e segurança do país  estão desde o meado da semana, na cidade do Sumbe, província do Kwanza-Sul para acompanhar o comício de apresentação do  candidato do MPLA,  João Gonçalves Lourenço as próximas eleições de 23 de Agosto. 
 
Fonte: Club-k.net
 
Em violação do artigo 207 da constituição angolana
 
Tratam-se do chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA ), general do exército, Geraldo Sachipengo Nunda; do comandante-geral da Polícia Nacional, comissário Ambrósio de Lemos Freire dos Santos, e o  Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), comissário Eduardo Filomeno Barber Leiro Octávio. Na tarde de sexta-feira, os comissários Ambrosio de Lemos,  Eduardo Leiro e outras   patentes militares almoçaram na rua Deolinda Rodrigues (vulgo rua dos cães), onde acolhe uma residência oficial do SINSE.
 
 
A presença do CEMG das FAA e do comandante geral da Policia nos preparativos do comício do MPLA,  constitui violação do artigo 207 da constituição angolana que proíbe os militares no activo de participarem em actividades políticas e de usarem símbolos partidários. No caso do chefe do SINSE, apesar de ter passado a reforma militar, a sua presença constitui  promiscuidade sendo que não é tarefa  do chefe do serviço de inteligência  acompanhar pessoalmente o candidato do MPLA, aos comícios. 
 
 
De lembrar que esta não é a primeira vez que Ambrósio de Lemos e o general Geraldo Nunda são  flagrados  em ações partidárias do MPLA.  
 
 
Em de Novembro de 2013, o comandante do exército das FAA, general Lúcio Amaral alertou que as FAA são, nos termos da Constituição da República e da Lei, rigorosamente apartidárias. “Isto significa que os militares do Exército estão proibidos a pertencerem em actividades político-partidárias, muito menos em ostentarem símbolos ou insígnias de partidos políticos”.
 
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