Luanda – Depois do encerramento temporário do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola por uma delegação do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS), que teve na liderança a Secretária de Estado para Área Social, Ana Correia Victor, acompanhada pelo director Provincial da Cultura em Luanda, Manuel Sebastião, directora do Instituto Nacional da Criança (INAC), Nilsa Batalha, administradora adjunta para área Social do Distrito Urbano do Kilamba, Ana Augusta, padre Mpukutu do MINARS, agentes da Polícia, SIC e SINFO, e outros integrantes, no dia 28 de Abril deste ano, por alegadas falta condições.

Fonte: Club-k.net

E as crianças foram levadas para diversos centros com a promessa de regressarem a referida organização dentro de duas semanas, isto é, depois de desinfestação e pavimentação do pátio.

Recentemente, as madres do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola foram a um dos centros onde estão as crianças no Zango III, município de Viana, na capital do país, para uma visita e saber o estado em que se encontram, o embaraço começou logo na porta do Lar do Zango III. O segurança deu recado as madres que recebeu orientação de que as madres não podem entrar, depois veio a responsável daquele centro, afirmando que “as madres não podem entrar para verem as crianças. Recebemos orientação do MINARS e do director Provincial da Cultura em Luanda, Manuel Sebastião, para não entrarem aqui no centro. Estamos a cumprir apenas orientação superior”.

Manuel Sebastião está a ser açudado também de insinuar e obrigar as crianças provenientes do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola a não aceitarem regressar naquele centro. Manuel Sebastião está a transmitir esta ideia em todos centros em que se encontram petizes provenientes de Santa Rita de Cássia de Angola. 

Há informações que dão conta que, um procurador vai visitar os centros, e a ideia de Manuel Sebastião é que, quando o procurador questionar as crianças ou um deles para este alegar não querer regressar ao Centro da Santa Rita de Cássia. Tudo indica que, Manuel Sebastião está a querer tirar proveitos com os petizes e tem a intenção de prejudicar as madres.

Segundo fontes, as crianças provenientes do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola que estão espalhados em diversos centros de Luanda, não estão a estudar. Se os petizes não regressarem o mais rápido possível ao referido centro poderão perder o ano lectivo 2017. Ai vem a questão: “Que futuro queremos as crianças”?

Algumas crianças que se encontram provisoriamente no Centro Pequena Semente, em Cacuaco, estão a estudar. Mas os encarregados destas são obrigadas a pagarem 25 mil kwanzas mensal.

Para recordar, nas crianças no Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola estudavam e muitas delas aprenderam a ler e escrever neste centro.

Manuel Sebastião, dias depois do encerramento provisório do centro, regressou na referida organização orientando as madres o que devem fazer para o regresso os petizes. Isto é, desinfectar o centro, colocar chão bruto e sobra de chapa no pátio. Trabalho este que as madres estão a fazer faltando apenas a sombra de chapa, mas até aqui as crianças não regressam no Centro, tendo em conta que a previsão de regresso era para duas semanas e, agora soma-se meses.

Na realidade dos centros, sobretudo em Luanda, são poucos os centros que têm chão bruto, mas nunca foram encerados.

Nesta história há gato no saco, pois ao que se sabe, Manuel Sebastião não tem e nunca teve centro acolhimento de crianças, e nem cuidar dos netos sabe, qual é o seu proveito nessa novela?

Manuel Sebastião e a administradora adjunta para área social do Distrito Urbano do Kilamba, Ana Augusta, são os grandes e principais intriguistas que querem ver o fim do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola, mesmo não beneficiando nada. Isso em outras palavras trata-se de inveja.

Ainda sobre esta novela, depois de administradora adjunta para área social do Distrito Urbano do Kilamba, Ana Augusta, ter apreendido os documentos pessoais das madres, convocou as madres no dia 31 de Maio deste ano, às 9 horas, na Administração sito na Centralidade do Kilamba. Quando lá chegaram as madres da igreja católica encontram Ana Augusta assentada com as pernas cruzadas no seu gabinete e com um copo de vinho as mãos.

Como mandam as boas maneiras, as madres saudaram a administradora Ana Augusta, esta por sua vez não respondeu, remeteu-se ao silêncio e nem permitiu a visita assentasse. Quando a secretária da Ana Augusta pediu as madres que se assentassem, Ana Augusta gritou com tom elevadíssimo “Não”. Tendo acrescentando que vão permanecer de pé.

Com o copo de vinho as mãos, administrador atacou as madres dizendo que, “estão aqui os vossos documentos, recebi apenas hoje. Os vossos documentos estavam com o padre Mpukutu (do MINARS) e Manuel Sebastião (da Cultura em Luanda). Vão levar os vossos documentos, mas fiquem a saber que vocês declaram guerra comigo. O vosso centro nunca mais vai se reabrir, podem apostar. Se reabrir é por não me chamo de Ana Augusta. Eu tenho poder, sou chefe, mando tropas e polícias. Sobretudo você madre Nicole, se não regressares a República Democrática do Congo (RDC) vais morrer. Eu vou mandar polícia te levar de volta a RDC, caso não vais morrer”.

Ana Augusta com as madres trocaram palavrões. Os gritos da administradora eram tão elevados o que chamou atenção aos demais utentes da Administração do Distrito Urbano do Kilamba. Ana Augusta obrigou a polícia a tirar as madres do gabinete, mas foi desrespeitada, e pelo contrário, incentivaram as madres a colocarem a senhora Ana Augusta no seu devido lugar, alegando que a gestora do Kilamba é indisciplinada, mal-educada e não tem carácter e nem moral.

Para lembrar, 31 de Maio é dia mundial de combate as drogas, mas, Ana Augusta esteve a consumir drogas (bebida alcoólica) no seu gabinete em plena manhã e em horário normal laboral. Qual é o exemplo de Ana Augusta na sociedade?

O MPLA que está no poder há 42 anos, para as próximas eleições gerais de 23 de Agosto, tem como lema “Melhorar o Que Está Bem e Corrigir o Que Está Mal”. Sendo assim, Manuel Sebastião e Ana Augusta, são males que devem ser corrigidos.

Será que no seio do MPLA não tem mais pessoas capazes e preparadas para ocuparem a função director provincial da Cultura em Luanda ou de administrador (a) adjunto (a) do Distrito Urbano do Kilamba? Se o realista Isaac dos Anjos caiu, quem são Manuel Fernandes e a Ana Augusta?

De facto, o MPLA deve melhorar o que está bem e corrigir o que está mal. Não pode ser apenas no sentido figurado para enganar o eleitorado como é de hábito.

Com o encerramento do Centro de Caridade Santa Rita de Cássia de Angola sito no bairro Bita/Vila Flor, Distrito Urbano do Kilamba, município de Belas, em Luanda, para além dos petizes do centro, centenas de crianças daquela circunscrição perderam o ano lectivo 2017 por culpa do Ministério da Assistência e Reinserção Social, Instituto Nacional da Criança, Direcção Provincial da Cultura em Luanda e da Administração do Distrito Urbano do Kilamba, tendo em conta naquela localidade não há nenhuma escola do Governo. As crianças estudam nos colégios, e para os encarregados e pais que não têm condições matricularam os seus filhos na Santa Rita de Cássia de Angola gratuitamente.

Para as madres, elas querem a reabertura do centro o mais rápido possível, por temerem que as crianças percam o ano lectivo. Para tal, pedem q quem de direito para a reabertura da instituição. As condições que o MINARS colocou ao centro já estão criadas a 80%.

As madres criticam que se for para lhes meter na mata onde há animais ferozes, elas aceitariam e que mesmo formigas podem cuidar.