Luanda - A análise de John Ashbourne, perito da consultora Capital Economics, à liderança de Isabel dos Santos na Sonangol - classificada como um não exemplo de transparência e profissionalismo -, não passou ao lado da presidente do conselho de administração (PCA) da petrolífera nacional. Através do Twitter, a gestora acusa o analista de ter sido pago para "fabricar sujo".

Fonte: NJ

Cerca de 24 horas depois de ter sido noticiada a análise de John Ashbourne, perito da consultora Capital Economics, à liderança de Isabel dos Santos na Sonangol, a PCA da petrolífera angolana acusa-o de ser um "vendido".

 

"Consultor da Capital Economics foi pago", escreveu a gestora no Twitter, ilustrando a publicação com uma imagem do especialista.


Em causa estão declarações do perito à agência Lusa, em que descreve a Sonangol como uma "caixa preta".


"A pessoas querem ver uma gestão profissional e o mais transparente possível, e com Isabel dos Santos à frente da empresa isso não vai acontecer", defendeu John Ashbourne. Para o perito da consultora Capital Economics, que acompanha a economia angolana, "a situação da Sonangol é uma grande preocupação, principalmente devido à dívida que a empresa tem".


O especialista lembrou que a dívida do país já é alta, e acrescentou que se Angola for "obrigada a cobrir parte da dívida da empresa, isso seria outro desenvolvimento preocupante".


Embora sem mencionar directamente o artigo, Isabel dos Santos considera que a Capital Economics "presta qualquer serviço" aos seus clientes, "até fabricar "sujo", comportamento que associa a "mercenários".


A empresária dá a entender que a análise produzida pelo especialista foi encomendada com o intuito de contaminar a campanha às eleições gerais de 2017, e chega mesmo a mencionar, através de um hashtag, a revista portuguesa Visão.


Recorde-se que esta é uma das publicações detidas pelo grupo Imprensa, igualmente dono dos canais de televisão SIC, cujo proprietário Isabel dos Santos acusou recentemente de ganância.