CARTA ABERTA À SUA EXCELÊNCIA
SENHORA GOVERNADORA DA PROVÍNCIA DE CABINDA
SRA.ALDINA MATILDE BARROS DA LOMBA CATEMBO
CABINDA

Excelência,

Os meus respeitosos cumprimentos.

Não venho tratar de politica, pois neste ramo temos um elevado grau de divergência no que tangem a governação e o sistema politico adotado e implantado pelo vosso partido MPLA na nossa amada terra mãe que tem como resultado o retardamento total no desenvolvimento politico e socioeconómico de Cabinda, vocês pensam que governam bem e eu respeito o vosso direito de pensar deste modo, mas após 42 anos da vossa governação eu e todos aqueles que concordam comigo compartilhamos uma opinião oposta da vossa, mas prontos! Entende-se! Afinal de conta estamos em democracia, não é? Cada qual pensa como quiser, mas os factos falam por si só e contra factos não há argumentos, como disse acima, não vim falar de política, o meu principal foco é outro, baka muali tuba li mueka.

Digníssima,

Eu venho através deste meio apresentar o meu descontentamento quanto a atitude da vossa excelência Sra. ALDINA MATILDE BARROS DA LOMBA CATEMBO Governadora e primeira secretaria do MPLA em Cabinda no que concerne a audiência que a vossa excelência nos havia concedido, isto é, eu e a minha tia de nome Joana Muila Tsitoka no dia 12 de janeiro de 2017 por volta das 13 horas na sua sala de audiências sobre o caso do nosso irmão e filho de nome Afonso Sumbo Zinga que se encontra em estado paraplégico e com muitas sérias complicações de saúde vitima de acidente de moto onde a sua excelência havia prometido pessoalmente que analisaria o caso e que em pouco tempo disponibilizaria meios financeiros para o tratamento do mesmo nem que seja somente para estabilizar o seu estado de saúde.

 

Passaram já quase 7 meses desde que a sua excelência Sra. governadora havia feito a promessa, nenhuma água vai e nem vem, sempre que vou ao teu gabinete o seu secretário manda aguardar pelo seu despacho, eu pergunto a senhora governadora, quanto tempo é necessário para que uma pessoa em estado grave de saúde faleça? Queremos que a sua excelência nos responda! Devemos continuar a esperar da tua resposta até a vinda de Jesus Cristo ou devemos parar de contar com a ajuda da senhora? Sou da opinião de que se não tem condições para ajudar neste tipo de caso, que pelo menos liga para dizer que o teu dinheiro somente serve para comprar os teus carros, as tuas creches, as tuas casas, as tuas padarias e lojas, seria mais fácil, a gente vai entender! Até porque o dinheiro é mesmo teu! Em vez de se manter em silêncio como se não tivesse saldo para ligar, isto é frustrante e fora do padrão normal da boa ética.

 

Sra. Governadora, na qualidade de pastora, mãe, tia, etc. que é, pergunto! Se fosse teu filho(a), sobrinho(a), neto(a) neste estado crítico de saúde, levaria tanto tempo assim para responder? Trataria o assunto do mesmo modo? Duvido imenso! Talvez a culpa seja nossa por sermos tão otimistas, se ouvíssemos os conselhos dos que dizem por aí que o pessoal do MPLA tem a cultura de prometer e não cumprir, talvez não estaríamos tão dececionados, dito e feito.

 

O ser humano foi feito a imagem de Deus e quem não ama o seu próximo não ama a Deus, pois levanta-se a questão de como um homem pode amar a um Deus que não vê e odiar ou não ajudar o seu próximo que vê a sofrer? A senhora governadora para além de politica é também serva de Deus, que exemplo de amor nos demostra? Eu pergunto! O que será que aconteceu? Será que a senhora se esqueceu do caso? Andas muito ocupada? Ou será talvez só iremos contar com ajuda da senhora após a morte do doente na compra de caixão para o enterro? Sabemos que as questões de saúde são as questões primordiais de se atender na vida de um ser humano, fico me perguntando! Se um ser humano não consegue se comover com as questões críticas de saúde do seu próximo, quais outras questões mais o podem comover melhor para ajudar o seu próximo? A bíblia diz, amai-vos uns aos outros e diz também no livro de Eclesiastes 5:4-5 que quando fazes um voto tem de cumpri-lo e se for para fazer um voto e não cumpri-lo, melhor não o fazer, resumindo e concluindo, tudo que queremos (eu e a minha família) é a vossa resposta, seja ela positiva ou negativa.

 

No caso de haver alguns erros ortográficos peço perdão e corrige-me quando nos vermos, eu nunca tinha estudado antes em português, sempre estudei em francês, em inglês e em russo.

Agradecendo a atenção prestada e sem outro assunto de momento, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos.

CABINDA, AOS 06 DE JULHO DE 2017

Eng. Maurício Gimbi