Luanda - Segundo Max Weber para quem a política significava « a luta para participar no Poder ou influenciar a distribuição do Poder, quer entre os Estados, quer no interior de um Estado, quer entre os grupos humanos que nele existem» “Max WEBER (1919) Apud António José FERNANDES, Introdução à Ciência Política: Teorias, Métodos e Temáticas, 3.a Edição, Porto Editora, Lda - p.16”.

Fonte: Club-k.net

“Aristóteles via na política a «ciência maior» da sua época e do seu próprio sistema filosófico. De resto, (...) ia ao ponto de designar por esse termo o estudo global de todas as relações morais e sociais do homem. O estudo empreendido por Aristóteles baseia – se na convicção de que o homem é um «animal político»”(Aristóteles Apud António José FERNANDES, Introdução à Ciência Política: Teorias, Métodos e Temáticas, 3.a Edição, Porto Editora, Lda- 2010, p.22).

«Assim, a expressão (política) designa a competição entre partidos ou candidatos para obterem votos numa eleição e através dela o poder, ou o exercício deste, na perspectiva de manter ou conquistar apoios e desse modo não o perder. O (político) designa as medidas para prosseguir objectivos declarados como sendo de interesse comum, tais como a justiça, a segurança e o bem – estar: neste sentido pode falar – se em política de educação, de saúde, de ambiente, etc.» (Luís de Sá, Introdução à ciência política, 1.a edição, Universidade Aberta de Lisboa, Abril de 2006, p.23).

O político tem várias acepções em função da sua ocupação. Podemos encontrar os seguintes:

 Um membro que participa de forma activa na política partidária;

 Aquele que congrega opiniões públicas;

 No Estado, membros dos poderes executivo e municipais só para citar estes.

Na nossa abordagem nos vamos incidir somente sobre os membros de partidos políticos que participam de forma activa.

Acompanho com bastante preocupação políticos dos mais variados níveis de alguns partidos políticos quando são questionados pelos jornalistas dos órgãos de comunicação social se estariam preparados para ganhar ou não estas eleições aprazadas para o dia 23 de Agosto do ano em curso e eles a responderem que com “Deus tudo será possível” outros ainda dizem que se “Deus operar maravilhas podemos ganhar”. Esse sentimento se tem reflectido na “lei de menor esforço” de muitos políticos que não vão ao encontro do eleitorado para mobiliza – lo, para venderem a sua marca, para exprimir as suas ideias sobre o que pensam de Angola e da vida dos angolanos caso vençam as eleições de 23 de Agosto próximo. Estão aguardando sentados com o sentimento de que, com “Deus tudo será possível” ou ainda “Deus poderá operar maravilhas”. Caro político! Mobilize o eleitorado não aguarde pela vitória sentado e também não se esqueça que os outros actores políticos interessados neste processo que certamente também querem ganhar, se tal for são igualmente criaturas de Deus.

 

A política é exercida numa sociedade ou num Estado e sobre as pessoas. Logo, não pode haver política sem um objecto concreto do seu exercício. É nessa linha de ideias de que, a política não é uma ciência que tem uma vertente única de acção, ela como é evidente sofre mutações e não pode de maneira alguma ser dissociada do factor homem. A política pode ser entendida como uma ciência em que em determinadas situações não é realista, porque ao abono da verdade constitui o jogo de momentos. Podemos entende – la como sendo um meio que visa atingir um determinado objectivo. Por isso é que, joga muito com as circunstâncias. É de realçar que, para o alcance do poder, o político usa todos os meios e linguagem possíveis à sua disposição, muitas das vezes usando certas artimanhas e promessas que na prática podem não ser realizáveis para convencer a seu favor o cidadão – eleitor.


A política podemos defini – lá como uma arte de persuasão do nosso interlocutor para que este pactue com o nosso ponto de vista. O político no seu contacto com o cidadão – eleitor deve munir – se de duas qualidades substanciais: a retórica e a oratória. Se estiver desprovido destes dois elementos pode ser considerado como um político falhado porque na verdade o político tem que ter vocação para fazer política passe o pleonasmo. Pelo contrário, pode acontecer que o político passa a mensagem para um determinado público – alvo e este por sua vez não acatar nada em função de não ter discurso cativador e convincente.