Lisboa – A TPA esta a ser fortemente criticada nas redes sociais por ter, nesta sexta-feira (7), realizado um dos seus programas “fala claro”, na província de Benguela, para fazer alinhamento a propaganda eleitoral  do candidato do MPLA, João Lourenço  que se encontra nesta província do litoral. 
 
Fonte: Club-k.net
 
“Tudo às custas do erário público”
 
Para o deputado da UNITA, Adalberto da Costa Junior tratou-se de “uma agressão a tudo quanto possa representar a deontologia jornalística; a negação completa do que significa isenção em comunicação! Um programa levado a Benguela para assumir o alinhamento à campanha do candidato do regime. Um monólogo com 5 intervenientes! Tudo às custas do erário público”.
 
 
“Tenham respeito pelo país plural.”, aconselhou o parlamentar.
 
 
Para além de transportar o programa “falar claro” para acompanhar o candidato do MPLA, a TPA despachou também para aquela província um jornalista sênior, Isidro Sanhanga e uma outra Silvia Samara. Nesta ordem de ideia, a televisão angolana  usou do erário publico fundos para passagem de viagem  da sua equipa, alojamento em hotéis e alimentação, tudo para favorecer a propaganda do candidato do MPLA,  João Lourenço.
 
 
Neste sábado, fez também cobertura em directo de todo o comício do candidato do MPLA, o que não faz com os outros candidatos.
 
 
De acordo com critérios de avaliação da qualidade das eleições, o papel da comunicação social também contribui para que as mesmas sejam livres e justas.  Em 2008,  a União Europeia e o mundo não reconheceram as  eleições angolanas  como livres e justas (apenas como pacificas e tranquilas), porque conforme  às normas internacionais as eleições para serem livres e justas reúnem certos requisitos que são:  a) Periódicas  b) Competitivas c) Voto secreto e tolerância d) Direito de informação equilibrada
 
 
A  credibilidade das eleições de 2008 e 2012  foram  prejudicadas por causa da parcialidade e partidarização dos órgãos de comunicação públicos (TPA, RNA, Angop e Jornal de Angola) levando o processo a desobedecer aos requisitos necessários para serem consideradas internacionalmente como livres e justas. A União Europeia e outros optaram por qualificar apenas por “pacíficas”.