Luanda – Os analgésicos Ibruprofeno e Diclofenac aumentam o risco em 31 porcento por cada um deles de paragem cardíaca as pessoas vulneráveis ou que já tenham algum problema cardíaco, pelo que não devem fazer o uso desses medicamentos anunciou nesta terça-feira, em Luanda, em conferência de imprensa, o director adjunto do Gabinete Jurídico, Mediação e Resolução de Conflitos da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor ( AADIC), Jordão Coelho.

Fonte: Angop
O responsável informou que os resultados da pesquisa científica relacionados aos fármacos – a que a AADIC teve acesso –  revelam o aumento do risco em 31 porcento as pessoas que sofrem ou são vulneráveis e com problemas cardíacos.

Segundo ele, esses fármacos devem ser comercializados sob orientação médica e que todas as farmácias do país não devem comercializar sem prescrição médica, uma vez que foram considerados nocivos a saúde e a vida humana.

Realçou também como sendo parceiro do Estado e tendo em linha que a Constituição da República refere no seu artigo 30.º, que o Estado protege a vida e tendo em conta o artigo 6.º da Lei de Defesa do Consumidor, nº 1, os meios de consumo no mercado não devem acarretar riscos para a saúde e a vida do consumidor.

Acrescentou que isso foi a base fulcral da solicitação de esclarecimento em relação ao Ministério da Saúde e a Direcção Nacional de Medicamentos, uma vez que os cidadãos em risco foram aconselhados a não consumir estes fármacos, sob pena de terem ataques cardíacos.

A fonte informou que foi nesta base que, no passado mês de Abril, a AADIC endereçou um documento ao Ministério da Saúde, onde espelhava alguma preocupação relativamente aos fármacos Ibruprofeno e Diclofenac.

Explicou que há mais de 90 dias que endereçaram um documento ao Ministério da Saúde, somente no dia 10 deste mês é que tiveram um encontro com a Direção Nacional dos Medicamentos.

Referiu que segundo a informação obtida desse encontro, os médicos já foram orientados para o efeito, mas que AADIC não recebeu nenhum documento formal sobre o assunto.

Durante a sua explanação, frisou que estudo feito na Dinamarca aponta que cerca de três mil pessoas com problemas cardíacas quando tomaram estes fármacos só tiveram problemas de gravidade, o que é desaconselhado para o efeito. Realçou também que a AADIC fez um inquérito a 20 farmácias do país e constatou que continuam a comercializar os referidos analgésicos.

Sublinhou que esse estudo foi apresentado pelo especialista Gunnar Gislasco, cardiologista da Dinamarca/Copenhague, durante 2001 e 2002 e aponta que esses fármacos apresentavam risco de ataques cardíacos de 31 porcento para cada um deles. Referiu que o estudo foi apresentado pelo Hospital Universitário "Gentofte de Copengague"  e consequentemente publicado na Revista "European Heart Journal".